Organizações ambientalistas apelam à monitorização e à divulgação dos resultados das análises de controlo.
Organizações ambientalistas alertam este sábado para a necessidade urgente de uma monitorização da qualidade das águas de rios da bacia do Douro que registam grande afluência de banhistas, mas que atualmente não são considerados aptos à prática balnear.
De acordo com os ambientalistas do #MovRioDouro, da ANP/WWF e da Zero, na parte portuguesa da bacia hidrográfica do Douro há 23 locais identificados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) como águas balneares, enquanto na Área Metropolitana do Porto apenas a praia da Lomba, em Gondomar, é considerada própria para banhos.
"Por um lado estamos bastante satisfeitos por ver que os rios da bacia do Douro conseguiram ter este ano mais de duas dezenas de águas balneares. Por outro, continuamos preocupados com o estado de degradação das águas do rio Douro, junto ao estuário, tendo em conta que apenas permitiu classificar a praia da Lomba", afirma, citado em comunicado, Gustavo Briz, do #MovRioDouro, um movimento cívico que defende os rios da bacia hidrográfica do Douro.
No comunicado conjunto com a Zero e a ANP/WWF (que representa em Portugal a internacional World Wide Fund for Nature), é salientado que, com a chegada do verão e a abertura da época balnear, muitas pessoas procuram refrescar-se nos rios, mas, segundo se adverte, nem todas as águas são adequadas à prática balnear.
Por isso mesmo, as organizações reclamam a urgente monitorização da qualidade das águas interiores.
"Se as águas frequentadas por milhares de banhistas fossem monitorizadas teríamos, com certeza, informação mais clara e bandeiras vermelhas na maior parte desses locais, que serviriam de alerta para os banhistas. Ora não é isso que acontece, pelo contrário. Apesar de existir um pequeno aviso da APA que desaconselha os banhos, os municípios criam muitas vezes condições para a ida a banhos, como instalação de bares, WC [casa de banho] ou boias e sinalização, que confundem os visitantes e servem de atrativo à prática balnear", refere Gustavo Briz.
As organizações questionam a APA sobre os critérios que levam à qualificação das praias de águas fluviais como praias de banhos e apelam a uma maior transparência, pedindo a divulgação da lista completa de praias avaliadas, incluindo os motivos para sua qualificação ou não como águas balneares.
Os ambientalistas propõem ainda que essa informação seja também submetida a procedimento de consulta pública e não apenas a proposta final de lista de águas balneares, como ocorre atualmente.
Para este movimento, a "atual falta de monitorização e divulgação de resultados das análises de controlo microbiológico em águas não classificadas coloca em risco milhares de banhistas".
É que, reforça, muitos locais, como Zebreiros, em Gondomar, e o Areinho de Oliveira do Douro, em Vila Nova de Gaia, "recebem infraestruturas para atividades balneares, como bares e WC, que incentivam os banhistas a frequentarem estas águas sem informação adequada sobre a sua qualidade".
Na opinião das organizações, a APA deveria divulgar, durante a época balnear, a qualidade microbiológica da água dos espaços com elevada procura, sobretudo daqueles onde, comprovadamente, a água não tem a qualidade mínima necessária.
Por outro lado, defendem que "os municípios não devem disponibilizar infraestruturas para a atividade balnear sem que esteja confirmada a qualidade da água para este fim, pois podem levar a população a correr riscos desconhecidos, devendo a própria APA providenciar instruções claras aos municípios nesse sentido".
Para esta época balnear, a parte portuguesa da bacia do Douro conta com seis águas balneares interiores no Sabugal, quatro em Mirandela, três em Macedo de Cavaleiros e Vinhais, duas em Moimenta da Beira e uma em Castro Daire, Freixo de Espada à Cinta, Gondomar, Sernancelhe e Valpaços.
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