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Assinam de cruz contratos ilegais

Doze acusados de imigração ilegal com 38 futebolistas.

09 de março de 2018 às 08:37

Assinavam termos de responsabilidade no aeroporto quando iam recolher os jogadores estrangeiros, atestando que eram apenas turistas em solo português mas, na bagagem, os atletas tinham já contratos de trabalho assinados com o clube desportivo de Ribeirão, Famalicão, onde trabalhavam na clandestinidade.

Era o esquema de ‘importação’ de atletas, sem visto de trabalho, levado a cabo por nove dirigentes do clube já extinto, dois empresários de jogadores e o futebolista Ansumane Faty Júnior (hoje no Felgueiras 1932).

"Eu não sabia o que estava a assinar. Quando ia buscá-los ao aeroporto, assinava o termo de responsabilidade, depois era preciso assinar o contrato e, com a inscrição na Federação de Futebol, pensei que estava tudo legalizado. Confiei no presidente", afirmou Carlos Faia, ex-dirigente do clube, ontem, no início do julgamento.

Os doze arguidos estão acusados de angariação de mão de obra ilegal, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos relativamente a 38 futebolistas.

O presidente do clube, Adriano Pereira, não quis, para já, prestar declarações, bem como outros quatro arguidos, entre eles um empresário e o jogador Ansumane Faty Júnior. Artur Azevedo, que também fez parte da direção do clube e explora agora o bar, garantiu que não sabia o que estava a assinar.

"Nunca pensei que estivesse a cometer uma ilegalidade. Assinava onde tinha a cruz e nomearam-me diretor porque era preciso estar disponível para assinar contrato", explicou o arguido.

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