page view

Associação quer juntar lesados de Monchique

Programas estão desadequados da realidade e há falta de medidas compensatórias.

28 de janeiro de 2019 às 08:44

Não se aprendeu nada com a tragédia de Pedrógão Grande, nem com o incêndio que destruiu Monchique em 2003", lamenta José Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de Alferce, ao ver a resposta a quem foi afetado pelo fogo do ano passado. "As pessoas não acreditam que vão ser ajudadas", acrescenta.

Perante esta realidade, o autarca decidiu unir esforços e, em dezembro, foi criada a Associação dos Lesados do Incêndio de Monchique (ALIM). Os corpo sociais, presididos por José Gonçalves, tomaram posse já este ano.

"Os programas de ajuda apresentados pelas entidades não são adequados à realidade. Há apenas apoio ao investimento, e não existem medidas compensatórias que permitam recuperar o que se perdeu",são alguns dos problemas que José Gonçalves aponta.

A ALIM contactou o Ministério do Ambiente e outras entidades, mas foi-lhes dito que está a ser feito "o possível para ajudar". O presidente da Junta de Freguesia de Alferce contrapõem que as ajudas "não têm praticabilidade no terreno".

Para já, a associação conta com 30 membros mas procura reunir todas as vítimas do incêndio que queiram lutar pelos seus direitos. A ALIM conta com uma equipa de advogados - um defende também as vítimas de Pedrógão Grande - e quer garantir que são identificados os responsáveis pela origem do fogo e assegurar o pagamento dos prejuízos aos lesados.

Dados a que o CM teve acesso revelam que são cerca de 600 as pessoas que ficaram prejudicadas, mas apenas metade decidiu candidatar-se aos apoios disponibilizados pelo Governo devido ao excesso de burocracia.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8