11 bombeiros foram detidos na terça-feira pela Polícia Judiciária por suspeita de dois crimes de violação e um de coação sexual "numa praxe" de que terá sido vítima um outro bombeiro.
Detidos 11 bombeiros voluntários do Fundão por suspeitas de violarem colega de 19 anos
A associação Quebrar o Silêncio repudiou esta quarta-feira a alegada violação por parte de 11 bombeiros da Associação Humanitária de Voluntários do Fundão de um colega de 19 anos, exigindo a "responsabilização urgente dos implicados".
Os 11 bombeiros foram detidos na terça-feira pela Polícia Judiciária por suspeita de dois crimes de violação e um de coação sexual "numa praxe" de que terá sido vítima um outro bombeiro.
"Em nome da dignidade humana, é urgente clarificar, sem margem para dúvidas, que a violência sexual não é praxe, não é brincadeira e muito menos ritual de integração", assinala a associação de apoio a homens e rapazes vítimas de violência sexual em comunicado, acrescentando que "tratar qualquer ato de coerção ou violação como se fosse 'parte de um rito de iniciação' é um ultraje à vítima, uma perversão da noção de camaradagem e um insulto à própria missão de serviço público que se espera de bombeiros".
A Quebrar o Silêncio manifesta indignação também pelo "facto de os indivíduos acusados de um ato de tal gravidade poderem continuar a servir numa instituição que deve inspirar confiança e segurança".
O Tribunal do Fundão determinou na terça-feira que ficam proibidos de contactos com a vítima os 11 bombeiros detidos, oito dos quais não poderão entrar no quartel dos voluntários e três estão obrigados a apresentações semanais na polícia.
Tendo tido em conta os "elementos de prova recolhidos até ao momento", o tribunal entendeu "verificados os perigos de continuação da atividade criminosa, perturbação do decurso do inquérito e perturbação da ordem e tranquilidade públicas".
"O abuso sexual constitui uma forma de violência traumática" salienta a Quebrar o Silêncio, adiantando que "submeter alguém a abusos sexuais violentos, num contexto de hierarquia e suposto espírito de camaradagem, é uma violação extrema da confiança e da integridade da pessoa".
A associação "exige que a justiça seja feita com todo o rigor possível: que os suspeitos sejam levados a julgamento, que as vítimas recebam apoio especializado e que se desencadeie uma reflexão séria e urgente sobre a cultura interna das corporações de bombeiros, para que nunca mais este tipo de violência seja disfarçado sob pretexto de praxe".
A Associação Humanitária e o comando do Corpo de Bombeiros do Fundão também indicaram na terça-feira que haverá "consequências disciplinares, laborais e institucionais", incluindo se necessário a expulsão, caso se venham a confirmar os factos de que são acusados os 11 elementos da corporação.
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