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Biotoxinas deixam gaivotas doentes em Olhão

Muitas aves em tratamento no RIAS têm intoxicações alimentares. Centro libertou 45 gaivotas recuperadas no mês de agosto.

10 de setembro de 2020 às 08:36

O RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, em Olhão, devolveu à natureza, no mês de agosto, 45 gaivotas-de-patas-amarelas. As aves ingressaram no centro por várias razões, que vão desde traumas causados por embate, crias em situações de risco (predadores ou estradas nas proximidades), a sintomas compatíveis com intoxicação gastrointestinal, provocados pela acumulação de biotoxinas no corpo.

Estas gaivotas foram libertadas no Moinho de Maré e junto dos observatórios de aves, tudo localizado na Quinta do Marim, no concelho Olhão.

Uma das principais causas do ingresso destas aves, e que chega a ser preocupante para os profissionais do RIAS, é a intoxicação gastrointestinal: em 2018, por exemplo, 47 por cento das gaivotas que deram lá entrada tinham diarreia, desidratação e paralisia muscular e se não tivessem sido tratadas acabariam por morrer. Estes sintomas são geralmente associados à acumulação de biotoxinas no corpo que têm origem nas algas tóxicas, conhecidas como ‘marés vermelhas’. Estas toxinas presentes nas algas são ingeridas por zooplâncton (animais minúsculos) e, através da cadeia alimentar, são ingeridos por peixes, mamíferos e aves.

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