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Bronca na PJ com ‘claque’ em provas para 25 especialistas de Polícia Científica

Presidente do júri do concurso fez-se acompanhar a um dia de provas físicas por uma das candidatas, que só seria avaliada no dia seguinte.

20 de outubro de 2023 às 01:30

A Polícia Judiciária mandou “instaurar uma averiguação” após uma denúncia interna a dar conta de uma situação “inédita” e “inaceitável”, expressões do denunciante, nas provas físicas do concurso para 25 especialistas de Polícia Científica.

O documento, elaborado por um dos inspetores responsáveis pelas provas, e a que o CM teve acesso, descreve como o presidente do júri do concurso se fez acompanhar a um dia de provas físicas por uma das candidatas (já técnica superior da PJ e sua subordinada direta) que iria fazer a sua avaliação apenas no dia seguinte - o conhecimento prévio deu-lhe “uma inegável e indevida vantagem em relação aos restantes”, dada “pela mão” do próprio presidente do júri, assinala o denunciante.

O comportamento “desadequado e bizarro” da candidata, que quis “mostrar” aos outros que “já era da casa”, e a intervenção - “repugnante e intolerável” - do presidente do júri, que assistiu às provas fazendo ‘claque’ sem “esconder o seu favoritismo”, “exultante” como “adepto de futebol quando a sua equipa marca golo”, pela subordinada, “não pode deixar de ser considerada uma forma de pressão inadmissível”, acusa o avaliador, que avisa ser “imune a cunhas e lamirés”.

Funcionária em causa já foi excluída

A candidata, que passou na prova física, foi entretanto “excluída do procedimento concursal, por não ter tido aproveitamento numa das suas fases”, revela a PJ ao CM. Durante as provas, tratou os avaliadores “por tu”, numa familiaridade “que não existe”.

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