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Cadeia por violar 3 menores

Arguido não admitiu todos os 25 crimes sexuais.

11 de junho de 2015 às 16:40

Julgado por violar três menores institucionalizados, entre 2009 e 2012, o arguido, de 24 anos, ex-aluno da Casa do Gaiato, apenas admitiu contactos sexuais com uma das vítimas. O Tribunal de Loures, porém, não teve dúvidas em valorizar os depoimentos dos ofendidos, apesar da contradição das versões, e condenou o arguido a oito anos e meio de prisão por 25 crimes sexuais.

"Dos depoimentos dos ofendidos resulta um relato convicto e coerente sobre a ocorrência dos factos", lê-se no acórdão, a que o Correio da Manhã teve acesso, datado de 29 de maio. O coletivo de juízes, integrado por Rui Teixeira, que ficou conhecido no inquérito do processo de pedofilia da Casa Pia, considerou não existirem quaisquer "indícios de fabulação ou de instrumentalização quanto à ocorrência dos factos", explicando mesmo que as imprecisões "não retiram qualquer consistência ao relato convicto efetuado pelos ofendidos". Pelo contrário, os juízes escrevem que, tendo em conta o decurso do tempo, é "plenamente justificável" que as memórias "não sejam tão precisas" nem centradas no número de vezes em que os abusos sexuais ocorreram.

Apesar de à data dos factos o abusador ainda não ter completado 21 anos, o tribunal entendeu não se justificar a aplicação do regime especial penal de atenuação para jovens.

O arguido, agora com 24 anos, vivia desde os oito na Casa do gaiato de Santo Antão do Tojal, em Loures, e chegou a chefe de camarata, mas acabou expulso em maio de 2013, quando a situação foi denunciada. Já está em prisão preventiva.

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