Autarquia procedeu à demolição de 17 construções ilegais, obrigando à intervenção dos moradores.
Demolição de barracas em Loures provoca tensão entre moradores e PSP
O presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, assegurou esta terça-feira que as 17 habitações precárias que foram demolidas na segunda-feira num bairro de Montemor não estavam habitadas e que foram construídas por uma rede ilegal.
"Estas casas foram construídas recentemente. Os serviços têm vindo a monitorizar esta situação e verificaram que as casas estavam vazias na sexta-feira. Elas foram ocupadas durante o fim de semana porque se sabia que ia haver a operação de demolição", explicou à agência Lusa o autarca comunista.
Em causa está a demolição de 17 construções ilegais levada a cabo na manhã de segunda-feira pela Câmara de Loures, do distrito de Lisboa, num bairro da localidade de Montemor, que obrigou à intervenção dos moradores.
Segundo a associação Habita, que se insurgiu contra estas demolições, as casas estavam habitadas e, entre os moradores, estavam uma idosa, uma grávida e um cidadão em cadeira de rodas.
No entanto, esse facto é negado pelo presidente da Câmara Municipal de Loures que assegura que, "na verdade", todos os "supostos moradores" daquelas habitações têm alternativa habitacional.
"Há pessoas que já vivem no bairro e procuraram transferir-se de outras habitações precárias para aquelas. Há outro grupo de pessoas que foi angariada e que veio por via do grupo de negócio que está instalado com a venda destas habitações e que veio de vários pontos da AML (Área Metropolitana de Lisboa) e de outros pontos do país", afirmou.
A título exemplificativo, o autarca contou que entre estes moradores está um casal que veio da zona centro e um senhor que tem uma habitação em Fernão Ferro (Seixal) e que conta com o apoio da Segurança Social para pagar a renda.
"Nós temos uma grande consciência de como está a situação da habitação no nosso país, mas isso não se pode resolver permitindo o alargamento indefinido de um bairro que já é ilegal, permitindo que se construam habitações precárias", sublinhou.
Nesse sentido, o autarca deu conta que a autarquia está "a preparar um conjunto de informações para enviar para as autoridades competentes referente ao negócio ilegal de construção de habitação precária para venda".
"Isso tem de ser investigado. É um aproveitamento da precariedade das pessoas, das suas dificuldades habitacionais e suscita depois este tipo de situações", alertou.
Entretanto, num comunicado enviado esta tarde, a associação Habita deu conta que as famílias do bairro se concentraram esta terça-feira junto à Câmara Municipal de Loures para exigir soluções e uma reunião com Bernardino Soares.
Moradores de barracas demolidas em Loures protestam em frente à Câmara Municipal
Sobre esta reunião, que se viria a realizar com representantes dos moradores do bairro e o adjunto do vereador da Habitação, Bernardino Soares explicou que, à semelhança do que aconteceu há uma semana, "a situação será novamente clarificada".
"Nós não temos condições para realojar aquele bairro. Estão lá centenas de pessoas. Ele só poderá ser realojado no quadro da Estratégia Local de Habitação e com os apoios que o Governo agora anuncia a partir do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência)", atestou.
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