A edição de hoje
Pediam donativos por telemóvel para crianças com doenças oncológicas.
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Cátia e Hélder Fonseca, de 35 e 40 anos, montaram o esquema em 2010 e tinham tudo organizado ao pormenor. Até o discurso que as telefonistas - que conseguiam pôr a trabalhar gratuitamente como voluntárias - tinham de fazer nos contactos a pedir donativos para crianças com doenças oncológicas estava escrito em folhas A4, apreendidas pelos agentes da Brigada de Investigação Criminal.
O casal e um reformado - Abílio, de 68 anos, que foi funcionário público e que vive em Ribeirão - angariaram um milhão de euros com a burla, sobretudo junto de idosos. A investigação continua.
Os detidos foram presentes ao tribunal de Famalicão. Cátia e Hélder ficam em prisão preventiva. Já Abílio, ficou sob apresentações e proibido de contactar com os outros dois.
"O casal organizava tudo, angariava as voluntárias para fazer os telefonemas e tudo estava registado em fichas, desde o nome até ao valor cobrado. Pediam entre 5 a 10 euros e usavam instituições fictícias", explicou Rui Pereira, comandante da Investigação Criminal da PSP de Guimarães.
A investigação começou há três meses, após denúncia anónima. "As telefonistas eram enganadas, faziam contratos em regime de voluntariado e não sabiam que estavam a pedir donativos para uma burla", explicou o comandante.
A burla fez vítimas até na Madeira e, por isso, as contas bancárias estão a ser passadas a pente fino. "A mulher também realizava chamadas’, acrescentou Rui Pereira.
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