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Centenas de manifestantes fazem apelo à denúncia de agressores

Lisboa, Porto e Viseu foram palco de manifestações que contaram com a presença de vítimas.

26 de novembro de 2018 às 09:24

Nem a chuva travou o protesto de centenas de pessoas na 8ª Marcha Contra a Violência Doméstica e de Género. Em Lisboa, vários elementos do Governo, como a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, marcharam entre centenas de mulheres e homens, na Baixa.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garantiu que o Executivo está de "olhos postos no combate à violência contra as mulheres" e que "está a ser reforçado o número de balcões de atendimento nas esquadras da PSP e postos da GNR, assim como está a ser feita uma aposta na formação das autoridades".

Com cartazes na mão, os manifestantes apelaram a que as vítimas denunciem os agressores e que os crimes de violência sejam punidos. "Queremos que a lei portuguesa se aplique. As vítimas têm que ser apoiadas e os agressores responsabilizados. É preciso que toda a gente saiba que a lei é para cumprir", frisou Maria José Magalhães, presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) no Porto.

Este ano, o número de mulheres que morreram em contexto de violência doméstica subiu para 24, mais seis do que em 2017. Na marcha, muitas das participantes já sofreram nas mãos dos agressores. "Fui vítima de violência doméstica e é por isso que aqui estou. Espero que esta marcha ajude mais mulheres a darem a cara e a não terem medo. Podemos não acreditar quando estamos nesta situação, mas há sempre alguém que nos pode e que vai ajudar", contou ao CM Ana Paula Silva, que já participa há vários anos em marchas e manifestações contra a violência.

Em Viseu, a marcha, que não percorreu todas as ruas previstas por causa da chuva, contou com cerca de cem pessoas. No Rossio foi recriado um cemitério com as lápides das 24 vítimas de violência doméstica este ano. "É preciso prevenção nas escolas e formação de juízes", defendeu Manuela Tavares, da UMAR.

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