Manifestação tem como pano de fundo receios de retrocessos nos direitos com a ascensão da extrema-direita no mundo.
Lisboa, Porto e Viseu marcham pelo fim da violência contra mulheres
Para exigir o fim da violência contra as mulheres decorre este domingo uma marcha em várias cidades do país, e que tem como pano de fundo receios de retrocessos nos direitos das mulheres com a ascensão da extrema-direita no mundo.
Lisboa, Porto e Viseu acolhem uma marcha pela eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres, hoje, que se assinala o dia mundial com esse objetivo.
Em Lisboa e Porto a marcha arranca às 15h00, no caso do Porto da Praça dos Poveiros até à Praça da Liberdade, e em Lisboa do Largo do Intendente, com passagem no Martim Moniz e chegada ao Rossio, contando no arranque com a presença do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e ainda da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro.
"Hoje estamos mais uma vez na rua para denunciar e lutar pelo fim da violência contra as mulheres. Violência, esta, que e´ sistémica, que tem por base uma cultura misógina, que esta´ a` espreita na rua, esta´ confortável em casa e no trabalho, tem muitas caras, tantas, que às vezes nem as reconhecemos de tão naturalizadas que estão na nossa sociedade. [...] Por todo o mundo lutamos nas ruas e de novo neste 25 de novembro, mas sem que isso signifique um ritual repetitivo ou uma conformação face ao que parece inalterável. Basta de violência!", lê-se no manifesto conjunto das marchas de Lisboa e Porto.
Lembrando as 24 mulheres que em Portugal já morreram este ano vítimas de violência de género, o manifesto não deixa de globalizar as preocupações e reivindicações, alertando para as alterações políticas, pouco favoráveis aos direitos das mulheres.
"Neste 25 de Novembro, não esquecemos as diferentes formas de violência que atingem as mulheres em todo o mundo. Vemos com apreensão os retrocessos nos direitos alcançados pela luta abnegada de milhares de mulheres em países onde governos de extrema-direita e ultraconservadores estão a ganhar cada vez mais terreno. Denunciamos em Portugal uma tendência preocupante para decisões judiciais retrógradas, moralistas e inadmissíveis, que violam os direitos mais básicos e a Constituição da República Portuguesa", afirma-se no manifesto.
No documento acrescenta-se ainda que "as associações e todas as cidadãs e cidadãos que marcham pela eliminação da violência contra as mulheres reafirmam a sua intenção de se mobilizar contra este preocupante ascenso do conservadorismo e do ataque aos direitos das mulheres".
Para além das marchas de Lisboa, Porto e Viseu, vai decorrer ainda uma ação de sensibilização em Cascais, no centro comercial CascaisShopping, promovida pela Guarda Nacional Republicana (GNR), distribuindo panfletos e marcadores de livros com conselhos de segurança para as mulheres.
O número de mulheres assassinadas este ano em contexto de intimidade ou relações familiares próximas atingiu as 24, mais seis do que no ano passado, segundo dados do Observatório de Mulheres Assassinadas.
"Conclui-se que, até 20 de novembro, 24 mulheres foram assassinadas em Portugal e outras 16 viram a sua vida ser atentada", indica o relatório, acrescentando que foram registados mais seis femicídios em comparação com período homólogo de 2017.
O valor ultrapassa os 20 casos de femicídios registados pelo observatório da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) em todo o ano de 2017.
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