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Chefe de salva-vidas falha socorro

Homem não atende o telemóvel de serviço após as 17h00.

14 de novembro de 2015 às 16:22

O chefe da Estação Salva-Vidas da Figueira da Foz que, na madrugada de quinta-feira, não atendeu o telemóvel de serviço para socorrer um arrastão em dificuldades já havia deixado de atuar em emergências anteriores pelos mesmos motivos. Uma delas foi a 6 de outubro, no naufrágio do ‘Olívia Ribau’ que matou 5 pescadores na barra do porto da Figueira da Foz.

Segundo apurou o CM junto de fontes da Autoridade Marítima, o sota-patrão do salva-vidas da Figueira da Foz, de 52 anos (que faz as funções de patrão por o posto não estar atribuído), sustenta o facto de não atender o telemóvel com a posição do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, a que pertence. Defende que as tripulações salva-vidas, ao não terem estatuto próprio, apenas têm de cumprir horário de expediente de "função pública": 8 horas diárias de 2ª a 6ª, fechando às 17h00. E não têm de atender o telemóvel de serviço fora desse horário.

O sindicato enviou mesmo, na terça-feira, um ofício ao capitão do porto da Figueira da Foz informando-o que o sota-patrão iria deixar de se fazer acompanhar do telemóvel de serviço.

Tal como o CM noticiou ontem, o marinheiro vai ser alvo de um processo disciplinar instaurado pela Autoridade Marítima. Em causa estará uma "profunda quebra de confiança" por o elemento, ao contrário dos outros dois membros da tripulação, nem sequer atender as chamadas para emergências. Nessas circunstâncias, tal como aconteceu à 01h30 de quinta-feira, o salva-vidas sai para o socorro tripulado apenas por um marinheiro e um motorista.

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