"Mentora e principal autora da atividade criminosa", Alexandra Bessa, utilizou dados pessoais de operadoras telefónicas e bancos para aceder a mais de 80 contas bancárias.
O Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou esta quarta-feira a mentora de um esquema de burlas bancárias a sete anos de prisão, no âmbito de um processo que tinha mais oito arguidos, incluindo familiares e dois ex-namorados.
De acordo com o acórdão, cuja leitura começou com duas horas de atraso, quatro familiares da mentora dos crimes, mãe, pais, irmã e prima, foram absolvidos, os dois ex-namorados foram condenados a quatro anos e a quatro anos e meio, com penas suspensas, respetivamente, um outro arguido a oito meses, com pena suspensa, e o último, com antecedentes criminais, a dois anos e meio de prisão efetiva.
A "mentora e principal autora da atividade criminosa do esquema", Alexandra Bessa, utilizou dados pessoais de operadoras telefónicas e de bancos para aceder indevidamente a mais de 80 contas bancárias, transferir dinheiro para as suas contas e fazer pagamentos.
O tribunal deu como provado a maior parte dos crimes relativos a burla qualificada, acesso ilegítimo, falsidade informática, contrafação de cartão, furto qualificado, falsificação e violação de correspondência, entre outros.
A mulher, sozinha ou com a ajuda dos cúmplices, utilizou dados pessoais de bases de dados informáticas de operadoras telefónicas e de instituições bancárias, acedeu indevidamente a contas bancárias, através dos serviços de 'homebanking', e transferiu para as suas contas dinheiro.
A arguida obteve o acesso a cartões SIM de clientes das operadoras telefónicas adquirindo, num dos casos, uma listagem de dados da operadora MEO e, depois, pesquisou em fontes abertas, através do número de identificação fiscal (NIF) dos clientes das operadoras, se eram clientes Wizink, Universo ou Unibanco e seleccionou esses.
Noutros casos, apoderou-se da correspondência destinada a outras pessoas, obtendo os dados relativos a contratos com operadoras e o acesso a cartões multibanco, fingiu ser a titular ou familiar do titular do cartão e pediu às operadoras a entrega de segundas vias dos cartões desativando, de seguida, o uso dos originais.
Na posse desses cartões, prosseguiu, criou "clones" dos números de telemóvel desses clientes e, através da linha de apoio ao cliente ou da aplicação informática, alterou as palavras-passe de homebanking e solicitou às entidades gestoras dos cartões de crédito dos ofendidos as credenciais de acesso à conta Wizink, recebendo os códigos de acesso no telemóvel.
Neste processo foram identificados 87 ofendidos, incluindo duas operadoras de telecomunicações e quatro entidades bancárias, que, ao longo de quatro anos, foram lesados em mais de 188 mil euros.
Durante o julgamento, a mentora, de 43 anos, que esta quarta-feira assistiu à leitura do acórdão, através de videoconferência, na prisão de Santa Cruz do Bispo, onde se encontrava em prisão preventiva, admitiu parte dos factos e afirmou que cometeu os crimes sob o efeito de droga, porque de outra forma "tinha pânico".
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