O Tribunal da Relação mandou repetir o julgamento de Armindo Castro, de 29 anos, o homem que foi condenado e esteve preso por matar a tia em Joane, Famalicão, crime que depois foi confessado por outra pessoa.
Artur Gomes, de 46 anos, entregou-se à GNR a 28 de outubro de 2014, em Guimarães, assumindo a autoria deste homicídio, além de um outro assassinato.
Após a confissão de Artur Gomes, Armindo Castro - que cumpriu dois anos de uma pena de 12 a que tinha sido condenado - foi libertado. O julgamento do sobrinho da vítima mortal vai agora ser repetido.
Reconstituição do crime
Recorde-se que dois meses após o crime a Polícia Judiciária (PJ) deteve Armindo Castro, na altura com 27 anos e estudante de criminologia, pela alegada autoria do homicídio.
O jovem fez, com a PJ, uma reconstituição do crime, assumindo a autoria do mesmo, mas a partir daí declarou-se sempre inocente. No julgamento, escusou-se a falar sobre os factos, pronunciando apenas a frase "estou inocente".
O Tribunal de Famalicão condenou-o a 20 anos de prisão, pela prática de um crime de homicídio qualificado, mas a Relação baixou a pena para 12 anos, imputando ao arguido o crime de ofensas à integridade física qualificadas, agravadas pelo resultado.
Casal homicida
Artur Gomes, que assumiu a autoria do homicídio de Famalicão, confessou também que foi ele quem matou uma comerciante de 39 anos em Felgueiras, a 27 de abril do ano passado, garantindo ainda que a sua mulher esteve envolvida nas duas situações. Por este último crime, o casal está em prisão preventiva.