Embraer está imobilizado na zona militar do Aeroporto de Beja.
Mal descolou de Alverca, o piloto da Air Astana quis virar à direita, em direção a Lisboa, mas o Embraer ERJ190 tomou a direção oposta. A tripulação ficou em pânico, sem perceber o que se passava com os ‘ailerons’.
Tentaram acionar o piloto automático várias vezes, mas de cada vez que o fizeram o avião virou à esquerda e desceu abruptamente de forma descontrolada, fazendo pelo menos três piruetas. Uma verdadeira montanha-russa demonstrada pelos parâmetros de voo (ver infografia).
O avião foi submetido a forças G tão elevadas que, de acordo com peritos aeronáuticos, dificilmente voltará a voar sem uma reparação total. Este movimento, conhecido como ‘toneau’, é usado em acrobacias e não é expectável que um avião comercial desta envergadura o faça sem sofrer danos.
Numa destas manobras, a aeronave esteve perto de despenhar-se. O Embraer chegou aos 4000 pés (1200 metros), com o nariz apontado para baixo, num ângulo de 90 graus em relação ao solo. A situação foi tão extrema que o alarme sonoro foi acionado. Valeu a capacidade dos pilotos em retomar o controlo do aparelho para evitar uma autêntica tragédia.
Aos poucos, e já sob escolta de dois caças F-16, a tripulação ‘reaprendeu’ a manobrar o avião e tentou a aterragem em Beja. O piloto efetuou as primeiras duas tentativas, mas já estava tão exausto que entregou a tarefa ao copiloto. O avião foi alinhado com a pista 19R, mas a aeronave desviou-se para a pista ao lado, a 19L, onde arrancou três luzes da pista.
A aeronave esteve um mês na oficina das OGMA para uma manutenção do tipo C, que prevê a verificação total do aparelho e até a desmontagem de partes fundamentais. As OGMA ainda não prestaram qualquer esclarecimento sobre o caso.
Tripulação recupera em hotel de Beja
Os seis tripulantes da Air Astana que seguiam a bordo – três pilotos e três engenheiros, um deles com funções na direção da empresa – estão desde domingo alojados no BejaParque Hotel. Deverão partir esta quarta-feira em direção a Espanha, onde irão apanhar um voo de regresso a casa.
Amaragem lança alarme nos EUA
O pedido dos pilotos para amarar no Tejo deixou em alerta os EUA. Em pleno rio, no local ideal para a ação, está fundeado o porta-aviões ‘Harry S. Truman’, que sai esta quarta-feira à tarde. Receou-se um acidente. Mas caso o avião tivesse mais que os 6 tripulantes até poderiam ser chamados a auxiliar. A Marinha portuguesa fez largar uma corveta e 4 lanchas, com 12 mergulhadores.
PORMENORES
GPIAAF está a investigar
Técnicos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes de Aviação e Ferroviários estão a investigar o incidente com o avião.
Air Astana aponta falhas
Peter Foster, presidente da companhia aérea cazaque Air Astana, apontou falhas diretas à manutenção dos técnicos das OGMA feita no avião Embraer, de fabrico brasileiro.
Piloto elogia tripulação
Nuno Monteiro da Silva, piloto de um dos caças F-16 que acompanharam o avião da Air Astana, disse que os pilotos desta aeronave "foram heróis".
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