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‘Creoula’ recebe jovens

O ‘Creoula’, antigo bacalhoeiro português, partiu ontem da Base Naval de Lisboa, no Alfeite (Almada), para uma aventura de três dias. A bordo estão 52 jovens que vão receber treino de mar.

04 de setembro de 2011 às 00:30

No âmbito do programa Jovens e o Mar, a Associação Portuguesa de Treino de Vela (Aporvela) abriu inscrições para jovens com idade mínima de 14 anos mas sem idade máxima.

Não querendo desperdiçar a oportunidade, a tripulante mais velha a bordo, Margarida Cabral, inscreveu-se de imediato. "Tenho 49 anos mas 18 de espírito. Estou habituada a trabalhar com jovens e em equipa." A psicóloga não esconde a paixão pelo mar, e explica: "Sou açoriana, e o mar está no sangue dos açorianos."

Mal entraram a bordo, os tripulantes receberam instruções claras sobre as regras a bordo. Divididos em quatro grupos, os instruendos têm de estar preparados para trabalhar como verdadeiros marinheiros. Além de aprenderem a fazer nós, os jovens vão poder ver cartas náuticas, estar ao leme e ajudar a preparar as refeições. Tarefas aparentemente rígidas, mas que não assustam Mariana Cornélio da Silva, de 14 anos. "Estou habituada a ter disciplina em casa. O meu pai sempre falou do mar e do ‘Creoula'. Foi ele que me convenceu a vir". Ao longe, o pai observa-a com olhar atento. Afinal, é o homem com a patente mais elevada a bordo: o comandante Nuno Cornélio da Silva. Desempenha esta função desde 2010, mas esta é a primeira vez que é ‘colega' da filha. "Se ela não seguir os meus passos não fico triste. Quero é que aprenda a trabalhar em equipa e a ser disciplinada." O ‘Creoula' regressa terça-feira ao Alfeite, depois de passar pelas Berlengas, Tróia e Sesimbra.

NOVOS TRIPULANTES APRENDEM REGRAS DE BORDO NO NAVIO

"Está tudo com cara de nervoso." As palavras são de Rui Santos, um dos organizadores da viagem, da Aporvela. Nervosos e ainda sem saber ao certo o que os espera, os jovens são chamados ao refeitório para ouvir com atenção as regras de permanência no ‘Creoula'.

Entre as regras de bordo estão a alvorada às 07h00, o silêncio total a partir das 22h30 e a ida imediata para o convés caso haja falhas gerais no navio.

No final da palestra, os jovens são distribuídos por quatro grupos. "Vamos tentar que não haja amigos em cada grupo. O objectivo é conhecerem pessoas novas," explica Rui Santos.

"Ficar com gente desconhecida faz parte da aceitação do grupo", afirma Pedro Castro, 15 anos, sem receio das regras.

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