Sobreviventes relatam terror antes do despiste, no Algarve.
Os relatos de drama e terror começaram a chegar à Holanda durante a madrugada de ontem. Preocupados com amigos e familiares, muitos apressaram-se a tentar contactar os entes queridos para saber do seu estado de saúde.
"Iam quase todos a dormir, até que alguém gritou", contou Koen Block, residente no norte da Holanda, ao diário ‘De Telegraaf’, depois de falar com familiares – um casal – que tinham acabado de sair do hospital. "Tendo em conta as circunstâncias, eles até estão bem. Têm hematomas, escoriações e um deles três costelas partidas", acrescenta o holandês de 58 anos. A filha deste casal, que não foi identificado, ficou em choque ao saber do acidente.
"As imagens que chegaram à Holanda são terríveis. E inicialmente não conseguíamos falar com ninguém em Portugal, pois os telemóveis tinham-se partido ou ficado dentro do autocarro", explicou ainda Koen Block. Devido à tragédia, o governo holandês acionou um gabinete de crise com equipas de psicólogos – que viajaram ontem para Portugal – e uma linha telefónica para dar informações às famílias. Segundo a imprensa holandesa, no mesmo voo viajaram familiares das vítimas.
"Este é um evento terrível e estamos solidários com as vítimas e os sobreviventes do desastre", garantiu ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bert Koenders. O embaixador da Holanda em Lisboa também se deslocou para Albufeira.
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