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Defesa dos arguidos do caso Saco Azul revoltada e desiludida com decisão do juiz de instrução

Advogados consideram que as provas apresentadas foram desvalorizadas.

11 de junho de 2024 às 18:17

A defesa dos arguidos do caso 'Saco Azul' revelou estar revoltada e desiludida com a decisão do juiz de instrução de mandar todos os visados a julgamento, tendo considerado que as provas apresentadas foram desvalorizadas. 

"Senhor Juiz de Instrução não acolheu os argumentos apresentados pela defesa do Benfica e desvalorizou toda a abundante prova produzida em sede de instrução, optando por dar primazia a alguma prova recolhida durante o inquérito, e mesmo quanto a essa só valorizando indícios num sentido e desvalorizando os outros", lê-se num comunicado dos advogados de defesa dos arguidos a que o CM teve acesso.

"A opção(...) muito nos revolta e desilude, designadamente à luz da prova produzida pela defesa do Benfica, que foi completamente desvalorizada pelo Senhor Juiz de Instrução", continuam. 

Os advogados asseguram que vão manter tudo o que disseram durante a instrução e a julgamento para pugnar pela absolvição.

Esta terça-feira, o juiz de instrução Jorge Bernardes de Melo mandou todos os arguidos do caso Saco Azul para julgamento. Durante a leitura da decisão instrutória, o juiz referiu que há indícios suficientes de que Luís Filipe Vieira foi o autor do plano criminoso para tirar milhares de euros do Benfica com faturas falsas.

"Arguidos Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira não apenas estavam ao corrente do esquema - retirar da SAD elevadas quantias de dinheiro e fazer regressar dinheiro ao clube sem deixar rasto - como o plano foi da autoria de Luís Filipe Vieira. E depois deu a conhecer o plano a Domingos e a Miguel Moreira", afirmou.

O tribunal corrobora, na íntegra, a acusação do Ministério Público, que imputou aos arguidos Luís Filipe Vieira, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira um total de três crimes de fraude fiscal qualificada e 19 crimes de falsificação de documento.

Estes crimes são imputados em coautoria com a empresa QuestãoFlexível e o arguido José Bernardes, enquanto a SAD do Benfica foi pronunciada em dois crimes de fraude fiscal e a Benfica Estádio um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documentos.

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