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Dez falhas na colisão de navios em Leixões

Piloto do porto esteve envolvido noutro acidente marítimo 54 horas antes do choque entre cargueiro e petroleiro.

28 de novembro de 2017 às 09:22

O piloto do Porto de Leixões, Matosinhos, esteve envolvido num acidente marítimo 54 horas antes de embarcar no navio ‘Erasmos’. Foi informado naquele momento de que o leme tinha uma deficiência e mesmo assim optou por fazer a manobra de entrada no porto.

O cargueiro colidiu, pouco depois, com o petroleiro ‘Blue Emerald’, no posto B do terminal petroleiro de Leixões, provocando um "acidente marítimo grave", de acordo com o Gabinete de Investigação de Acidentes Marítimos.

A colisão ocorreu à 01h16 de 16 de janeiro. O relatório da investigação técnica agora revelado aponta dez fatores que contribuíram para o acidente, que gerou estragos significativos na estrutura do terminal.

Indica que o piloto não acautelou a velocidade de segurança adequada, não avaliou o risco de entrar no porto e não assegurou que os cabos de reboque estavam estabelecidos antes de o navio passar o quebra-mar.

Mas são ainda apontadas falhas à Administração dos Portos de Douro e Leixões (APDL) por "não ter suspenso o piloto das suas funções após o acidente entre o navio ‘Blue Emerald’ e a lancha ‘Boa Nova’, e ter anuído que o mesmo desse entrada num navio sem ser sujeito a uma avaliação médica".

São também apontados como fatores contributivos falhas de comunicação por parte da agência de navegação do ‘Erasmos’ em Leixões e a ausência de monitorização da entrada do navio no porto.

O relatório deixa, por isso, seis recomendações de segurança.

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