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Dirigentes desportivos julgados por imigração ilegal

Em causa está um protocolo entre o Louletano e a Academia de Futebol de Angola.

10 de março de 2025 às 19:08

Decorreu esta segunda-feira a segunda sessão do julgamento onde o clube algarvio Louletano Desportos Clube e dois dos seus dirigentes estão acusados de nove crimes de auxílio à imigração ilegal, com intenção lucrativa, e nove de falsificação de documentos.

António Adro, presidente do Louletano, afirmou em tribunal que “não estava a par dos contratos, quem tratava era o Paulo”, um dos outros arguidos. Já Gilson Pagani, também acusado, referiu “ter sido negligente” pois assinou os contratos sem ler o teor dos mesmos. Acrescentou que “confiei porque era o único que podia assinar, achei que estava de acordo com o que o clube sempre fez”.

Em causa está um protocolo entre o Louletano e a Academia de Futebol de Angola, celebrado em 2019, para a contratação de nove jogadores angolanos, que entraram em território nacional com cartas-convite do clube português. Já em território nacional foram elaborados alegados contratos fraudulentos onde constam funções que não as de jogadores de futebol. Para a gestão da época dos jogadores, o Louletano recebeu 410 mil euros em duas tranches. Dois dos jogadores que vieram ao abrigo do protocolo para Portugal afirmaram ontem ao coletivo de juízes que “no contrato assinado estava escrito que íamos receber o ordenado mínimo mas só recebíamos 300 euros por mês”.

Foram ouvidas ainda três testemunhas, entre elas uma funcionária do clube, o diretor da Academia de Futebol de Angola (AFA) e um motorista da AFA que acompanhou os jogadores e ficou como funcionário do clube algarvio.

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