A edição de hoje
Jovem de 22 anos esteve mais de uma hora às mãos dos agressores. Tribunal libertou os dois suspeitos.
Durante mais de uma hora, um jovem estudante universitário esteve sequestrado por uma dupla de cadastrados, com quem combinou a compra de droga para consumo, em Braga. Foi roubado e ameaçado de morte. Chegou a ser espancado com uma barra de ferro e golpeado com uma navalha. A dupla queria, à força, que lhe entregasse 200 euros. Tentaram extorquir o irmão da vítima, por telemóvel, dizendo que matavam o jovem se não transferisse o dinheiro.
O crime aconteceu na madrugada de 25 de março, entre os bairros do Picoto e Nogueira da Silva, em Braga. Depois de se libertar da dupla de sequestradores violentos, a vítima queixou-se às autoridades. Após pouco mais de dois meses de investigação, a Polícia Judiciária de Braga deteve os dois suspeitos, dois cadastrados, de 42 e 31 anos. Ontem a juiz que os ouviu em primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Guimarães, libertou-os. Os dois homens, um residente naquela zona da cidade de Braga e outro residente no Porto, têm de se apresentarem todos os dias no posto de Polícia.
Na noite do crime, os dois vendedores de droga aproveitaram o facto de o jovem estar sozinho, para lhe roubarem o telemóvel e o computador portátil que trazia numa mochila. Exibiram uma navalha e tentaram, à força, que a vítima lhes entregasse 200 euros. O jovem disse que não possuía esse dinheiro e foi brutalmente agredido com socos, pontapés e com uma barra de ferro nas costas. Foi depois forçado a acompanhar os dois homens que queriam tentar levantar dinheiro e ainda foi golpeado com a navalha.
Em pânico, o jovem sugeriu que ligassem ao irmão, para que fizesse a transferência dos 200 euros, através da aplicação bancária. Com o telemóvel da vítima, ligaram ao irmão, exigindo que lhes entregasse o dinheiro, ou matariam o jovem sequestrado.
Cadastro por crimes violentos
Os dois homens ontem libertados pelo Tribunal de Guimarães, já cumpriram penas por roubos violentos, tráfico de droga e por furtos. O Tribunal deu-lhes mais uma oportunidade.
Mais vítimas
A investigação acredita que a mesma dupla usasse este tipo de violência como forma de conseguir mais dinheiro, aproveitando-se da vulnerabilidade das vítimas, do medo e da vergonha.
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