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Eduardo Cabrita chamado a testemunhar no caso do acidente fatal da A6

Marco Pontes, ex-motorista do então ministro da Administração Interna começou a ser julgado no Tribunal de Évora

22 de maio de 2025 às 18:52

Quase 4 anos depois arrancou esta quinta-feira o julgamento de Marco Pontes, motorista do ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, que atropelou mortalmente um trabalhador na A6, a 18 de junho de 2021.

À entrada do Tribunal de Évora, Joaquim Barros, advogado da família de Nuno Santos, começou por lamentar a ausência no banco dos réus do então ministro: "A tese que venceu é uma tese patética, se quiser é a tese de que ele era só um passageiro, ora como toda a gente percebe, o senhor ministro não era só um passageiro naquela comitiva, era ele que determinava como é que a comitiva deveria andar.”

Eduardo Cabrita, que chegou a ser arguido no processo, será ouvido pelo Tribunal de Évora, mas na qualidade de testemunha. A audiência está marcada para dia 29 de maio.

O único arguido é Marco Pontes  que estava ao volante da viatura onde seguia o ministro e que colheu mortalmente Nuno Santos, de 43 anos, junto ao separador central da A6, ao km 77,6, quando este fazia trabalhos de manutenção na via.

António Samara, o advogado do arguido, deixou adivinhar a estratégia para este julgamento: "Nem o motorista, nem a vítima tiveram qualquer hipótese de evitar este acidente.”

No seu testemunho, Marco Pontes, que responde pelo crime de homicídio por negligência grosseira, disse desconhecer a velocidade a que conduzia o veículo e que ninguém lhe deu instruções sobre a velocidade do carro. Frisou ainda que não tinha pressa de chegar a Lisboa. Acrescentou que a sua vida nunca mais foi a mesma, que está a ser acompanhado por psicólogos e psiquiatras e que evita sair de casa, por ser apontado na rua como "o motorista do Cabrita que matou um homem”. que matou um homem”. Disse ainda que a sua família também sofre com o mediatismo do acidente e que desde então evita conduzir. Só o faz, quando é estritamente necessário.

A próxima sessão de julgamento está marcada para dia 27 de maio e dia 29 Eduardo Cabrita vai ser ouvido pelo tribunal de Évora na qualidade de testemunha.

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