Nigel Jackson escreveu carta da cadeia.
Nigel Jackson, 59 anos, está numa cadeia portuguesa a aguardar julgamento pelo homicídio da companheira, a também britânica Brenda Davidson, de 72. O corpo foi encontrado, no início de janeiro, sob cimento, no quintal da casa do casal, em Alcalar, Portimão. E foi da prisão que o homem escreveu agora uma carta: assume ter enterrado o cadáver e levado a amante a viver na casa, mas recusa ter assassinado a mulher.
"Sei que transgredi a lei enterrando Bren, mas acreditei que era a sua escolha e hoje faria de novo a mesma coisa. Mas não estou preparado para pagar o preço por algo que não fiz", alega Nigel Jackson na carta, publicada pelo jornal ‘Daily Mirror’.
Brenda deixou de ser vista em novembro. Nigel disse à família e aos vizinhos que ela tinha ido receber tratamento médico a Inglaterra. Foi um dos filhos que alertou à polícia britânica. A autópsia revela que foi assassinada nessa altura. O corpo foi envolto em plástico e enterrado a pouca profundidade. O suspeito construiu uma base de tijolo e cimento para ocultar a sepultura, junto à piscina, como um passeio.
Em janeiro, Nigel disse que a mulher – viveram juntos 27 anos – se suicidou por sofrer de cancro. Agora defende que foi "vítima de ladrões". "Quem a matou, regressou para roubar os valores", diz, referindo-se a um furto à casa ocorrido em fevereiro.
"Havia muito sangue. Estava fria e embrulhei-a em roupa e cobertores. Não aceitei a morte. Segurei-a por horas suplicando-lhe para acordar", alega na carta intitulada ‘Amor, Carinho, Devoção e Traição’. Nigel confessa que um mês após a morte levou a amante para viver na vivenda. "Com a doença, a Bren compreendeu que eu tinha ‘necessidades’ e não se importava com outra mulher, desde que não a levasse para casa. Tentei avançar com a vida e ela viveu comigo no Natal", diz. O crime está ainda em investigação, disse ao CM fonte da PJ.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.