André Marques era guarda-freio. tinha 45 anos, Deixa mulher e dois filhos menores.
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O André era muito ligado à comunidade aqui na terra, estava presente em tudo”, disse na quinta-feira ao CM Vladimiro Santos, amigo de infância de André Marques, de 45 anos, o guarda-freio da Carris que foi uma das vítimas mortais do descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa.
André Marques nasceu e foi criado em Sarnadas de São Simão, Oleiros, de onde saiu para estudar em Castelo Branco. “Chegou-se a idade da tropa e foi para Lisboa”, contou Vladimiro Santos, que o via “como um irmão”.
“Eu ensinei o André a trabalhar com um trator que nós trazíamos na madeira e ele acabou por morrer agarrado a uma máquina que tinha muito gosto em trabalhar”, revelou, destacando o “ser humano extraordinário, sempre disposto a ajudar e com um sorriso constante”.
Sempre que podia, André Marques regressava à aldeia, para estar com a mãe, que o esperava este fim de semana e já tinha dito a Maria do Rosário, prima de André, que ia cozer pão para lhe oferecer.
“Sempre que podia ele vinha ajudar a mãe”, disse Maria do Rosário, adiantando que “a aldeia está de rastos, é um filho da terra que deixa muitas saudades”.
“Estamos todos desolados, não temos palavras para descrever a dor que estamos a sentir”, disse Maria dos Santos, amiga da família.
André Marques, que deixa mulher e dois filhos menores, “adorava o que fazia e falava do trabalho com entusiasmo”, recordam os amigos com quem conviveu sobretudo na infância e juventude.
Era guarda-freio da estação de Santo Amaro e há 15 anos que trabalhava na Carris, sendo recordado como “profissional dedicado, amável, sorridente e sempre disposto a contribuir para um bem maior” e um “representante exímio da Carris na história da cidade”.
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