Governo considera, no entanto, urgente acelerar o envio de equipamento militar para Kiev.
O Governo espanhol discorda da ideia de um eventual envio de tropas europeias para a Ucrânia, mencionado segunda-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta terça-feira a porta-voz do executivo, Pilar Alegría.
"Não concordamos" com a ideia de "enviar tropas europeias para a Ucrânia", declarou no final do Conselho de Ministros espanhol, insistindo, no entanto, na urgência de acelerar o envio de equipamento militar para Kiev.
"Devemos concentrar-nos no que é urgente, nomeadamente acelerar a entrega de equipamento militar" a Kiev, acrescentou, sublinhando a necessidade da unidade europeia, que é "a arma mais eficaz que a Europa tem" contra a Rússia.
A declaração de Madrid segue-se à proferida esta terça-feira pelo também chanceler alemão, Olaf Scholz, que garantiu que "nenhum soldado" será enviado para a Ucrânia por países europeus ou da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), rejeitando a possibilidade levantada no dia anterior por Macron.
Em conferência de imprensa, Scholz afirmou que o que foi decidido entre os europeus desde o início "continua a ser válido para o futuro", nomeadamente que "não haverá tropas no terreno, nem soldados enviados por Estados europeus ou pela NATO para solo ucraniano".
"É importante garantir sempre isto", acrescentou Scholz na cidade universitária de Friburgo em Brisgóvia, no estado de Baden-Wurttemberg, no sudoeste da Alemanha, afirmando que existe "uma grande unanimidade sobre esta questão" entre os aliados da Ucrânia.
Scholz estava a reagir às declarações proferidas segunda-feira por Macron, nas quais o Presidente francês afirmou que o envio de tropas terrestres para a Ucrânia não deve "ser excluído" no futuro, apesar de considerar que "não existe consenso" sobre o assunto nesta fase.
"Faremos tudo o que for necessário para que a Rússia não possa ganhar esta guerra", afirmou Macron, no final de uma conferência internacional de apoio à Ucrânia, que contou também com a presença de Scholz.
A conferência, organizada de urgência pelo Presidente francês com a presença de 27 outros países, surge num momento crítico para a Ucrânia, que se encontra na defensiva contra o exército russo, após o fracasso da sua contraofensiva no ano passado, e à espera de armas ocidentais adicionais.
Também esta terça-feira, o gabinete do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou que o Reino Unido não tem planos para enviar mais tropas para a Ucrânia, para além de um pequeno número colocado para apoiar Kiev.
Através de um porta-voz, o gabinete indicou que "um pequeno número" de militares britânicos encontra-se no terreno "para apoiar as forças armadas ucranianas, particularmente em termos de formação médica".
"Não estamos a planear um destacamento em grande escala", afirmou.
Além da Espanha e da Alemanha, também a NATO e outros países da União Europeia (UE) já vieram entretanto a público rejeitar a ideia.
A Comissão Europeia salientou que é da responsabilidade de cada país da UE decidir enviar militares para a Ucrânia, para ajudar a repelir a invasão russa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.
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