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Espião confirma pesquisas ilegais

Testemunha diz que Silva Carvalho criou hierarquias paralelas.

13 de novembro de 2015 às 14:08

O gabinete do primeiro-ministro, que na altura era José Sócrates, foi informado da existência de hierarquias paralelas no Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e do acesso indevido, sem ordens escritas, a uma das bases de dados utilizadas pelos serviços para pesquisar empresas e empresários.

A informação foi dada esta quinta-feira, em tribunal, por um ex-diretor da área das secretas, durante o julgamento que tem como principal arguido o ex-superespião Silva Carvalho. Clemente Lucena testemunhou que, quando soube, através das notícias, que as secretas podiam estar a ser usadas para fins privados, foi verificar os acessos à base de dados em causa e confrontou o funcionário que era seu subordinado. Este terá confessado que recebeu ordens diretamente de outro superior, João Luís, também arguido no processo.

Clemente Lucena disse que foi Silva Carvalho quem criou esta forma de funcionamento de ultrapassar as chefias diretas, quando foi diretor geral do SIED. Está previsto Silva Carvalho falar em julgamento a 19 de novembro.

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