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"Senti coisas e puxei da faca"

Homicida chega a tribunal com discurso confuso.

06 de outubro de 2015 às 20:47

"Estava a sentir coisas na cabeça. Não sei quem me batia, mas eu peguei na faca e encostei-a. Não queria matar, estou muito arrependido pelo que aconteceu." A afirmação de António ‘Toyota’, como é conhecido o homem, foi proferida esta segunda-feira no Tribunal de S. João Novo, no Porto.

Na primeira sessão de julgamento, o homicida confesso garantiu estar arrependido. As suas memórias sobre o que aconteceu a 1 de janeiro deste ano, numa pensão na rua do Bonfim, são confusas. Não sabe bem o que se passou, apenas que tinha consumido droga e álcool. "Não estava em mim."

Ao tribunal, contou que usou uma faca que estava no quarto do casal que geria a hospedaria. "A faca era deles. Estava no bolo-rei que eu tinha comprado", lembrou.

A discussão que se seguiu, já durante a manhã, António não sabe explicá-la. Nem Paula, a mulher que sobreviveu depois de ter sido esfaqueada. "Ele matou o meu José, parecia um bicho. O ‘Toi’ não era assim, nunca foi assim", garantia esta segunda-feira, pedindo depois ao juiz para cumprimentar o amigo que tinha assassinado o seu companheiro. "Nunca mais o vi", explicou, acenando e sorrindo.

António, por seu turno, confessou que matara num momento de loucura. "Foi uma coisa que me deu."

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