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Ex-presidente do Turismo do Porto e presidente do Sp. Braga condenados no âmbito da 'Operação Éter'

Melchior Moreira condenado a sete anos de prisão efetiva e António Salvador a um ano e três meses de pena suspensa.

27 de setembro de 2024 às 15:10

O ex-presidente do Turismo do Porto, Melchior Moreira, foi condenado a sete anos de prisão efetiva por 29 crimes, no âmbito da 'Operação Éter', esta sexta-feira. Também o presidente do Sp. Braga, foi condenado a um ano e três meses de pena suspensa pela falsificação de documentos. 

Já a ex-diretora do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Isabel Castro, foi condenada a quatro anos pela prática de 19 crimes e a empresária Manuela Sousa a três anos e nove meses pela prática de 18 crimes, ambas com penas suspensas.

Neste processo estão em causa procedimentos de contratação de pessoal e aquisição de bens, a alegada utilização de meios do Turismo do Porto para fins pessoais e o apoio prestado a clubes de futebol, a troco de contrapartidas e favores pessoais a Melchior Moreira, que, segundo o Ministério Público (MP), tinha a "ambição de concorrer à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional".

O advogado de Melchior Moreira - que não saiu pela porta da frente do tribunal para evitar os jornalistas - disse que provavelmente vai recorrer.

"Vamos ver, vamos analisar. Apenas soubemos os crimes e as penas. Todos os outros arguidos ficaram com pena suspensa, menos o meu cliente, que estaria eventualmente à espera de uma pena suspensa", afirmou Francisco Manuel Espinhaço, à saída do tribunal.

O tribunal condenou Manuela Sousa por 19 crimes de participação económica em negócio e por dois crimes de falsificação de documentos a uma pena de três anos e nove meses, enquanto Isabel Castro foi condenada por 16 crimes de participação económica em negócio, dois crimes de falsificação de documentos e peculato a quatro anos de prisão, ambas penas suspensas.

Nuno Brandão, advogado de Manuela Sousa, adiantou que vai também interpor recurso.

O MP defendeu também nas alegações a condenação do presidente do Sp. Braga, António Salvador, e do ex-presidente do V. Guimarães, ambos por falsificação de documento, crime cometido nos contratos de publicidade nas camisolas dos clubes, celebrados com a TPNP, mas defendeu a absolvição de Júlio Mendes de corrupção, uma vez que não houve "um toma lá, dá cá", entre o então presidente do VSC e Melchior Moreira.

O coletivo de juízes condenou António Salvador e Júlio Magalhães à pena suspensa de um ano e três meses por um crime de falsificação de documentos, aplicando ainda uma multa a Sp. Braga e ao V. Guimarães de 18.000 euros, cada.

Artur Marques, advogado de António Salvador e do SCB, referiu que também vai recorrer, por considerar que "não se fez prova" da prática do crime.

O processo envolve cerca de centena e meia de crimes económicos, nomeadamente corrupção, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documento e recebimento indevido de vantagem.

Foram absolvidos três arguidos singulares e duas sociedades.

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