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Ex-espião revela que práticas ilegais remontam a 1991

Jorge Silva Carvalho diz que práticas ilegais começaram antes da sua entrada nas Secretas.

17 de dezembro de 2015 às 20:12

O antigo "espião" Jorge Silva Carvalho revelou esta quinta-feira que, quando ingressou nas secretas em 1991, já os serviços de informações tinham fontes e obtinham dados de tráfego em operadoras de telecomunicações.

O ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) falava durante o julgamento do caso das secretas, em que está acusado de acesso indevido à faturação detalhada do telemóvel do jornalista Nuno Simas, entre outros crimes.

Silva Carvalho assegurou que "não espiolhou a vida do jornalista" e que, ao aceder à faturação detalhada, pretendeu unicamente identificar a fonte da notícia então publicada pelo jornal Público sobre o SIED.

Adiantou que chegou a encontrar-se pessoalmente com o jornalista com a intenção de lhe dizer que a notícia sobre o SIED  era "falsa", convidando-o a visitar as secretas e a falar com as pessoas, tendo a segunda notícia sobre o SIED  sido "mais equilibrada e justa".

Assegurou que nada o movia contra o jornalista que escreveu sobre o SIED e que ainda hoje ele e Nuno Simas mantêm uma "relação" através da rede social e que às vezes "espreitam-se mutuamente" na internet.

Confrontado pelo advogado João Medeiros sobre um Manual de Procedimentos do SIS, que data de 2006 e que prevê que a secreta possa obter elementos sobre os cidadãos junto das operadoras de telecomunicações móveis, Silva Carvalho considerou o documento exibido em tribunal como "fidedigno".

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