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Exército pede propostas para comprar três helicópteros

Primeiro Black Hawk deve chegar em 2026. Investimento inicial é de 50 milhões de euros.

08 de dezembro de 2025 às 01:30

O Exército lançou há poucos dias, através de uma agência da NATO, um pedido de propostas para a aquisição de três helicópteros (com um quarto de opção) UH-60L, os famosos Black Hawk, e diverso equipamento de apoio, de forma a, no último trimestre de 2026, poder receber o primeiro aparelho e iniciar o desejo antigo de operação de aeronaves tripuladas pelo ramo terrestre das Forças Armadas, para missões de apoio, proteção e evacuação. O processo de aquisição prevê que esses helicópteros cheguem a Tancos - onde as obras nos hangares estão avançadas - ao ritmo de um por ano, até 2028. O investimento para esta fase inicial é de cerca de 50 milhões de euros. O propósito final é que o Exército venha a contar com 12 helicópteros.

Os primeiros pilotos militares já foram requalificados em Espanha, durante cinco meses, numa escola civil. Mas o exército assegura que serão formados de acordo com os requisitos europeus para as Licenças de Piloto Militar e de aeronavegabilidade militar, garantindo a certificação. Os técnicos de manutenção receberão formação especializada, complementada com cursos sobre sistemas de bordo e equipamentos auxiliares.

No pedido de propostas realizado agora, além dos Black Hawk (mesmo modelo que a Força Aérea adquiriu para a esquadra que vai combater incêndios, cuja frota está a tentar aumentar com verbas do PRR, e tal como o ramo aéreo unidades recondicionadas), o pacote inclui formação de tripulações e técnicos, material de apoio em terra, blindagem, armamento, um kit de evacuação aero médica e outro de combate a incêndios. As propostas devem chegar até 29 de janeiro.

Entre as missões a realizar pela futura Unidade de Helicópteros de Apoio, Proteção e Evacuação (HAPE) estão o reconhecimento, transporte tático, proteção armada e apoio aéreo próximo e evacuação médica, além de missões de apoio a emergências civis, tanto em território nacional como em teatros de operações internacionais.

O Chefe do Estado-Maior do Exército, general Eduardo Mendes Ferrão, tem afirmado publicamente que o Aeródromo Militar de Tancos se afirmará como uma base de referência nacional para a operação de helicópteros do Exército, sublinhando que esta aposta “materializa uma visão integrada de defesa e apoio à sociedade, reforçando simultaneamente a capacidade de resposta das Forças Armadas e o contributo do Exército para a segurança e proteção das populações”.

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