page view

Falsa advogada começou a ser julgada em Aveiro

Arguida negou em julgamento os factos que lhe são imputados, alegando nunca se ter intitulado como advogada.

21 de novembro de 2018 às 18:41

O Tribunal de Aveiro começou esta quarta-feira a julgar uma mulher de 40 anos por ter exercido advocacia durante mais de um ano sem estar habilitada para tal.

A arguida, que à data dos factos era estudante de direito, está acusada de um crime de usurpação de funções, punível com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.

Na primeira sessão do julgamento, a arguida negou os factos que lhe são imputados, alegando nunca se ter intitulado como advogada.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), desde maio de 2015 até setembro de 2016, a mulher apresentou-se junto de diversas instituições, nomeadamente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro, da GNR de Ílhavo, de advogados e de tribunais perante as quais se intitulava advogada.

Apesar de não estar inscrita na Ordem dos Advogados como advogada ou advogada estagiária, o MP diz que a arguida praticou atos próprios de advogada, nomeadamente usando toga e tomando assento nas bancadas dos tribunais reservadas a advogados, em várias sessões de julgamento que decorreram no tribunal de Aveiro.

De acordo com a investigação, a arguida chegou ainda a redigir exposições e requerimentos dirigidos a processos judiciais e participado em atos e diligências processuais judiciais.

O caso só foi descoberto depois de alguns colegas da falsa advogada terem desconfiado das habilitações da mesma e terem denunciado a situação à Ordem dos Advogados que fez a participação ao MP.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8