Várias estradas dos concelhos de Monchique, Silves e Portimão estão cortadas. 79 pessoas foram assistidas.
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O incêndio de Monchique, que lavra desde a tarde de sexta-feira, chegou na noite de terça-feira às portas da cidade de Silves. As chamas que atingiram a Fóia, o ponto mais alto da serra de Monchique, desceram uma das encostas na direção do concelho de Silves e ameaçam entrar na cidade algarvia.
As populações das aldeias de Pedreira e Pinheiro e Garrado, também no concelho de Silves, estão em alerta. Pelas 22h50 desta terça-feira, o fogo lavrava numa área de eucaliptos, ajudado pelos fortes ventos que atiçam as chamas. Moradores estão assutados com a hipótese de o fogo chegar às casas.
O número de feridos provocados pelo incêndio que começou em Monchique na sexta-feira subiu esta terça-feira para 30, sendo que um dos quais se encontra em estado grave. Segundo o balanço realizado pelo Comandante Distrital de Faro, Vitor Vaz Pinto, pelo menos 79 pessoas foram assistidas e mais de 250 foram deslocadas para locais seguros. Acessos cortados ao trânsito em Monchique O trânsito na Estrada Nacional (EN) 266 em vários locais, junto a Monchique, e a EN 267, que liga Portimão àquela cidade, onde lavra um incêndio há cinco dias, foi cortado, segundo disse fonte da GNR à Lusa na noite desta terça-feira. Segundo fonte do comando-geral da GNR, o trânsito foi cortado em vários locais da EN266, nomeadamente na Nave Redonda, na Fóia e em Monchique e na EN267, na zona de Monchique, devido ao incêndio que lavra desde a passada sexta-feira. O ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, anunciou esta terça-feira que o combate a este incêndio passou a ter um nível de coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil. Monchique sem água O centro urbano da vila de Monchique está sem água devido ao combate ao incêndio que deflagrou na sexta-feira, mas a situação deve ficar resolvida durante a madrugada desta quarta-feira, disse o presidente da Câmara Municipal de Monchique. Em declarações à agência Lusa, Rui André revelou que a rotura se verificou a partir da noite de segunda-feira e apontou três causas relacionadas com o combate ao fogo. De acordo com o autarca, um dos geradores associado a um furo na zona da Fóia foi danificado pelo incêndio. Por outro lado, os meios aéreos abasteciam nas piscinas municipais e estas têm um sistema de reposição de água automático. "E foi retirada uma grande quantidade de água", sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Monchique. Meteorolologia continua adversa
Acessos cortados ao trânsito em Monchique
O trânsito na Estrada Nacional (EN) 266 em vários locais, junto a Monchique, e a EN 267, que liga Portimão àquela cidade, onde lavra um incêndio há cinco dias, foi cortado, segundo disse fonte da GNR à Lusa na noite desta terça-feira.
Segundo fonte do comando-geral da GNR, o trânsito foi cortado em vários locais da EN266, nomeadamente na Nave Redonda, na Fóia e em Monchique e na EN267, na zona de Monchique, devido ao incêndio que lavra desde a passada sexta-feira.
O ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, anunciou esta terça-feira que o combate a este incêndio passou a ter um nível de coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil.
Monchique sem água
O centro urbano da vila de Monchique está sem água devido ao combate ao incêndio que deflagrou na sexta-feira, mas a situação deve ficar resolvida durante a madrugada desta quarta-feira, disse o presidente da Câmara Municipal de Monchique.
Em declarações à agência Lusa, Rui André revelou que a rotura se verificou a partir da noite de segunda-feira e apontou três causas relacionadas com o combate ao fogo.
De acordo com o autarca, um dos geradores associado a um furo na zona da Fóia foi danificado pelo incêndio. Por outro lado, os meios aéreos abasteciam nas piscinas municipais e estas têm um sistema de reposição de água automático.
"E foi retirada uma grande quantidade de água", sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Monchique.
Meteorolologia continua adversa
Desta forma a Comandante da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, disse aos jornalistas que naquele momento estavam no local 1200 operacionais, apoiados por 412 meios terrestres, 13 meios aéreos e 25 máquinas de rasto em todo o perímetro afetado.
A Comandante disse também que a proteção das pessoas tem sido a prioridade, pelo que não considera que tenha havido "falhas". "Não é uma questão de falhas, são as contingências que estamos a viver", avançou.
Questionada sobre o número de casas afetadas pelos incêndios, Patrícia Gaspar afirmou que ainda não é possível contabilizar o número de habitações destruídas pelas chamas, reforçando a ideia que é fundamental seguir os conselhos dados às populações. "Há uma absoluta necessidade das pessoas cumprirem os conselhos da GNR", disse.
A autoridade competente avançou ainda que a humidade e descida da temperatura podem ser favoráveis no combate aos fogos mas que o "comportamento do incêndio é bastante agressivo".
Imagens mostram localidades de Monchique a serem evacuadas
Imagens a circular nas redes sociais mostram aviões a abastecer-se de água em algumas praias de Portimão.
Especialista defende a utilização de produtos químicos no combate aos fogos
O especialista em incêndios florestais Xavier Viegas defendeu esta terça-feira a utilização de produtos químicos no combate ao incêndio de Monchique para evitar reacendimentos, e criticou a falta de faixas de contenção, previstas desde 2006.
O incêndio que deflagrou na sexta-feira em Monchique, no distrito de Faro, já atingiu uma área superior a 17 mil hectares, tendo provocado 29 feridos ligeiros e um grave.
Admitindo que tem acompanhado à distância o combate ao fogo, Xavier Viegas lamentou, em declarações à Lusa, que o plano de prevenção, desenhado há mais de uma década, tenha ficado por acabar e que, neste momento, não estejam a ser usadas ferramentas que permitem um ataque mais eficaz, como o uso de produtos químicos.
Recorde-se que durante a noite desta segunda-feira, o fogo voltou a cercar a vila de Monchique, ameaçando a repetição do cenário da noite de domingo, em que várias casas estiveram em perigo de arder na sede do concelho algarvio. O fogo entrou dentro da vila e levou a corte total da energia, deixando os residentes às escuras.
Ao início da madrugada, os operacionais tentaram, a todo o custo, impedir que as chamas queimassem casas. O convento de Monchique, já em ruínas, foi completamente consumido pelas chamas. Os vários reacendimentos que aconteceram ao final da tarde de segunda-feira voltaram a atear um fogo que lavra descontroladamente desde sexta-feira.
Equipa médica presta apoio a 120 pessoas deslocadas para o Portimão Arena
Uma equipa composta por cinco enfermeiros e um médico estão a dar apoio às 120 pessoas que passaram a última noite no Portimão Arena, depois de terem sido retiradas das suas casas devido ao incêndio em Monchique.
Hotéis na serra de Monchique escaparam ao fogo As unidades hoteleiras de Monchique de onde tiveram de ser retirados hóspedes pela aproximação do fogo mantêm-se intactas, apesar da incerteza de quando poderão reabrir, disse à Lusa o presidente da maior associação hoteleira do Algarve.
"Os hotéis que existem em Monchique não foram afetados materialmente e não sofreram danos, mantêm-se intactos", sublinhou Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), aplaudindo a retirada antecipada dos hóspedes para outros hotéis no litoral.
Autoridades preocupadas com descontrolo das chamas
O combate ao incêndio que deflagra desde sexta-feira em Monchique tem sido dificultado pela intensidade e constantes mudanças de direção do vento e pela dificuldade de acesso dos meios terrestres ao terreno devido à densa vegetação existente, disse ainda a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro (CDOS) à Lusa.
Há ainda outra zona preocupante para as autoridades, nas Caldas de Monchique, onde o fogo também está a lavrar "com muita intensidade", acrescentou, referindo-se às termas, uma zona situada a cerca de quatro quilómetros da vila de Monchique e onde existem várias unidades hoteleiras, embora todas já tivessem sido evacuadas pelas autoridades no domingo.
Este foco de incêndio obrigou inclusivamente ao corte da Estrada Nacional 266, disse à Lusa fonte da GNR. Esta estrada liga Monchique a Porto de Lagos, de onde depois se segue até Portimão, via Estrada Nacional 124.
Irmãs desesperam para encontrar pai
Durante a tarde desta segnda-feira, duas irmãs viveram momentos de desespero à procura do pai, com quem perderam o contacto nos fogos de Monchique. O homem terá recusado os apelos das autoridades e dos seus familiares para deixar a sua casa e ficou incontactável.
Pelas 20h00, equipas do GIPS da GNR e dos bombeiros tentavam chegar à zona da habitação do homem, perante o desespero das filhas. Toda a zona estava tomada pelas chamas, com o fogo a avançar de forma imprevisível, com mudanças súbitas na direção do vento.
GNR e Bombeiros procuram homem desaparecido nos fogos de Monchique
O homem acabou por ser encontrado são e salvo pelas equipas de salvamento, após momentos de grande tensão.
Donos de casas da serra recusam sair
A equipa da CMTV em reportagem no local apercebeu-se de que várias famílias resistem aos apelos das autoridades para abandonarem as suas casas, com medo de perderem os seus bens.
Cerca de 20 pessoas foram retiradas na zona de Portela das Eiras, repetindo evacuações que aconteceram noutros pontos atingidos pelo grande fogo que começou em Monchique e se espalhou aos concelhos vizinhos de Silves e Ourique.
Recorde-se que o fogo está a deflagrar desde sexta-feira, registando-se até ao momento 25 feridos.
Hóteis em risco na zona das termas de Monchique
A situação do incêndio da serra de Monchique na zona das termas é esta segunda-feira à tarde de "grande preocupação", disse à agência Lusa o presidente do município de Monchique, Rui André.
Pouco depois das 18h00, o autarca referiu que na área das termas há hotéis em risco e que uma frente do fogo está a aproximar-se de uma quinta pedagógica do concelho vizinho de Silves.
Sobre as casas afetadas pelo incêndio rural, que deflagrou na sexta-feira, Rui André não deu pormenores sobre o número de imóveis ou a sua utilização, referindo que o balanço não está finalizado.
O autarca espera que os meios aéreos possam ajudar a reforçar o combate.
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