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Filhos de 'Orelhas' julgados hoje no Tribunal de São João Novo

Estão a ser ouvidas testemunhas. Arguidos ficam em silêncio.

07 de janeiro de 2025 às 10:58
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Filhos de 'Orelhas' julgados hoje no Tribunal de São João Novo

Os filhos de 'Orelhas' vão ser julgados, esta terça-feira, no Tribunal Criminal de São João Novo. A sessão estava marcada para as 9h30, mas Iara e o namorado só chegaram uma hora depois.

Os arguidos ficam em silêncio na primeira sessão de julgamento. 

Diogo, uma das vítimas, foi o primeiro a falar. Diz que a confusão começou com uma discussão entre Raquel (namorada de Renato, também filho de Marco 'Orelhas', condenado a 20 anos de prisão pela morte de Igor Silva) e Jéssica outra das vítimas. Mas diz que desconhece o motivo da mesma. Contou que tentou parar com a briga mas que foi agredido pelo filho de Marco ‘Orelhas’. "Eu fui tentar separar, o Marcos agrediu-me e começou uma briga", explica.

Diogo refere ainda que conseguiu sair do local com a namorada da altura e também vítima no processo, e que foram para casa dela, mas foram perseguidos pelo grupo: "Fomos para casa da Jéssica a correr. Entramos, mas ela deixou a chave na porta. Saí para tirar e o Marcos já tinha a chave na mão".

Foi aí que começou um novo confronto. Foi agredido a soco e a pontapé e esfaqueado. "Depois desmaiei e tive de ser socorrido", conta. 

Recorda, inclusive, que se lembra Iara - durante as agressões - ter dito que ia ter com o preto (aqui referia-se a Igor Silva esfaqueado até a morte nos festejos do FCP em 2022).

Concluiu ao dizer em tribunal que ainda hoje sente dores, tal a violência das agressões: "Fiquei três semanas sem conseguir trabalhar e com cicatrizes. Ainda sinto dores de vez em quando".

De seguida, é ouvido Manuel Augusto, o homem que foi baleado pelo namorado de Iara Gonçalves.

"Era já de madrugada, eram cinco ou seis horas. Estava a dormir e acordaram-me assim a correr", começa por contar.

"Ele bateu à porta do quarto e disse que estavam a bater na minha filha na rua. Fui à rua para a ir buscar. Abro a porta e está já uma grande confusão na rua. O Diogo estava no chão com pessoas em cima dele a bater-lhe", explica Manuel.

A vítima diz que tentou tirar a filha da situação, quando Adolfo sacou uma pistola e deu um tiro em Manuel Augusto, aproveitando o momento em que este estava de costas, a entrar em casa. "Primeiro pensei que não tinha sido atingido, mas depois senti a perna a arder", explica. 

Manuel, que esteve dois dias internado no hospital após o sucedido, explica que a situação deixou traumas na família: "Isto foi um tortura e continua a ser um tortura para a minha família, nunca nos envolvemos nestas confusões. A minha mulher ainda hoje ouve barulho e pensa logo que é uma arma. Ainda tenho medo. Se uma pessoa que não me conhece de lado nenhum dá-me um tiro. Eu não sei se ele me queria matar ou se era para tentar matar a minha filha", afimra. 

Em atualização. 

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