O casal Joana e Francolino Fernandes e os filhos Artur e José não eram vistos há vários dias.
Fogareiro no quarto mata família em Vilar Formoso
Os gases tóxicos libertados por um fogareiro deixado a arder (para aquecimento) no quarto onde dormia um casal angolano, entre 40 e 45 anos, e os dois filhos menores, de 3 e 5 anos, terão sido a causa da morte da família, que residia em Vilar Formoso e não era vista há vários dias. Os corpos foram encontrados na manhã desta terça-feira, com o fogareiro já apagado, e as autoridades acreditam que tenham sido vítimas de intoxicação por monóxido de carbono.
Joana e Francolino Fernandes não eram vistos desde que na tarde de sexta-feira passada combinaram um encontro para o fim de semana com um familiar.
“Eles iam ter de mudar de casa e combinei vir com um carro para os ajudar a mudar algumas coisas. Liguei no sábado e no domingo, mas não atenderam. Achei que estariam ocupados e me devolveriam a chamada. Só na segunda-feira à tarde, quando o meu filho me disse que os meninos não tinham ido à escola, é que fiquei preocupado”, contou esta terça-feira Petelson, primo de Francolino, que deu o alerta.
Um segundo sinal de alerta surgiu da Escola Básica de Vilar Formoso que as crianças frequentavam. “O mais novo andava na pré-primária e o mais velho no 1º ciclo. Nunca faltavam e eram adorados por toda a gente por serem muito carinhosos e, sobretudo o mais velho, muito extrovertido e divertido. Achámos estranho, mas nunca nos passou pela cabeça tamanha tragédia”, contou esta terça-feira emocionada Carla Lopes, assistente operacional na escola.
Entre a comunidade imigrante de Vilar Formoso a notícia espalhou-se rapidamente e várias dezenas de amigos e colegas de trabalho de Francolino e Joana juntaram-se esta terça-feira na Rua do Lazareto, onde a família morava. Mas o incidente trágico provocou uma onda geral de consternação em toda a vila raiana onde o casal era muito bem visto. “Eram uma família perfeitamente integrada, que trabalhava e convivia com a comunidade. E os meninos eram duas crianças adoráveis. Ninguém merece isto, e muito menos esta família”, desabafou, de lágrimas nos olhos, Elsa Garcia, vizinha da família.
E TAMBÉM
Comunidade em choque
A Escola Básica de Vilar Formoso ficou em choque com a morte da família. “Estamos com o coração desfeito, o Artur e o Zé eram duas crianças adoradas por toda a gente”, diz a funcionária Carla Lopes. “Não sei o que a família pretende fazer, mas se for preciso ajudar a custear os funerais, apelo a que toda a gente ajude.”
PJ
A investigação está a cargo da PJ da Guarda, que esta terça-feira esteve na moradia a recolher indícios. A autópsia aos corpos, transportados pelos bombeiros de Almeida e Cruz Ver- melha de Vilar Formoso, ajudará a esclarecer as mortes.
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