Autarca da Câmara de Almeida revela que "o terreno é muito difícil" e receia que incêndio "dê para uns dias".
O incêndio que deflagrou, na quarta-feira, em Figueira de Castelo Rodrigo, já atingiu os concelhos de Almeida e Pinhel, onde está a consumir mato em zonas de difícil acesso, no vale do rio Côa.
"Há duas frentes ativas, uma em direção às termas da Fonte Santa, que estão encerradas, e outra para a localidade de Valverde. Os bombeiros estão a fazer trabalhos de contenção junto à Estrada Nacional para travar o avanço das chamas, mas o vento não está a ajudar", disse António José Machado, presidente da Câmara de Almeida, à agência Lusa.
O autarca adiantou que o combate está a ser dificultado pela orografia e, sobretudo, pela constante variação do vento que está a provocar vários reacendimentos.
"O terreno é muito difícil, no vale encaixado do Côa, onde o fogo está a avançar nas duas margens. Receio que dê para uns dias", afirmou.
António José Machado referiu que as chamas só têm consumido mato e chegaram a ameaçar uma vacaria, que foi salva pela "intervenção musculada" dos operacionais e dos meios aéreos.
O autarca de Almeida acrescentou que será necessário um reforço dos meios no terreno para parar o fogo.
"Mas estes homens e mulheres andam há um mês no terreno, há muito cansaço, desgaste, e muitas frentes para combater na região. Eles têm feito, tal como a nossa população, um trabalho heroico", elogiou.
O fogo mantém ainda uma frente em Cinco Vilas, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, onde começou na tarde de quarta-feira, e outra na zona de Mangide, no município de Pinhel.
Às 13h45 estavam no teatro de operações dois meios aéreos, a efetuar descargas nas frentes de Almeida e Pinhel.
Em Cinco Vilas, o fogo também está a progredir numa zona de muito difícil acesso, junto ao Côa.
"O local não é acessível a viaturas, o combate tem sido apeado e com os meios aéreos. Esta quinta-feira, há vento forte e muito variável, o que tem provocado reacendimentos, mas nada de preocupante do nosso lado. Mais complicada está a situação em Almeida", declarou Carlos Condesso, autarca de Figueira de Castelo Rodrigo, à agência Lusa.
Às 14:00, o combate ao fogo estava a mobilizar 134 operacionais, 31 viaturas e dois meios aéreos, de acordo com o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.
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