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Foragido do Brasil fazia vídeos de crianças a serem abusadas em Coimbra

PJ deteve dois homens em Coimbra e Almada. Um dos suspeitos é brasileiro e já tinha mandado de detenção internacional.

16 de agosto de 2025 às 09:52

Dois predadores sexuais, de 35 e 22 anos, foram detidos pela Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, na zona de Coimbra e Almada, respetivamente. O primeiro é suspeito de gravar os abusos praticados e divulgar as imagens em plataformas dedicadas à partilha e disseminação de pornografia de menores. É de nacionalidade brasileira e tinha pendente um mandado de detenção internacional emitido pelas autoridades do seu país. Em Portugal já estava também a ser investigado por abuso sexual de crianças.

Segundo a PJ, no Brasil terá praticado crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores no ano de 2019, tendo viajado para Portugal no final de 2022. Foi localizado na zona de Coimbra e já estava sob investigação pelo mesmo tipo de crimes. Por essa razão, antes da detenção com vista à extradição para o seu país, os inspetores realizaram uma busca domiciliária à casa onde residia, tendo apreendido equipamentos informáticos com ficheiros “compatíveis com abuso e exploração sexual de crianças”.

A investigação teve início em junho após a sinalização por entidades internacionais e, segundo a PJ, “contou com a estreita articulação da Polícia Federal Brasileira”. Presente a primeiro interrogatório judicial, ficou em prisão preventiva a aguardar os desenvolvimentos do processo para a sua extradição para o Brasil.

Já relativamente ao homem detido em Almada, está indiciado pela prática de crimes de pornografia de menores, atos sexuais com adolescentes e de importunação sexual. O caso foi denunciado pela mãe de uma menor que estaria a ser coagida pelo suspeito a produzir e enviar-lhe conteúdos de cariz sexual através de plataformas digitais.

Uma busca à residência do detido permitiu apreender equipamentos informáticos com centenas de ficheiros com conteúdos de abuso e exploração sexual de crianças.

Ouvido pelo juiz, ficou sujeito a apresentações às autoridades e proibido de contactar a vítima, assim como de aceder a conteúdos pornográficos ou adquirir equipamentos informáticos. A investigação vai prosseguir para apurar a eventual existência de outras vítimas.

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