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Gang das cartas traído por erros ortográficos

Fabricaram carimbo para falsificar nomes de cheques que roubavam de marcos do correio no Porto.

08 de fevereiro de 2020 às 10:09

Fabricaram um carimbo com todos os carateres do alfabeto e que até permitia fazer letras minúsculas e maiúsculas. Foi com este instrumento que, entre 2008 e 2010, falsificaram o endosso dos cheques que roubavam das cartas, guardadas nos marcos do correio que assaltavam.

Porém, esse mesmo carimbo não fazia acentuação nas palavras e os arguidos escreviam sempre com erros ortográficos, o que acabou por tramá-los na Justiça.

Esta sexta-feira, o Tribunal de S. João Novo, no Porto, condenou quatro dos oito arguidos a penas de prisão efetiva. A mais alta foi de sete anos e aplicada a António Coelho - que fazia dos assaltos o único modo de vida. Também Casimiro Dias, que já tinha cadastro por crimes semelhantes, apanhou quatro anos de cadeia.

"Os erros ortográficos permitiram concluir que era sempre a mesma pessoa a falsificar os nomes nos cheques", disse Pedro Brito, juiz presidente. Três dos arguidos apanharam penas suspensas e um foi absolvido.

Esta foi uma repetição do julgamento, ordenado pelo Tribunal da Relação do Porto, após detetar um "erro notório" na apreciação da prova do acórdão de 2017 - e que tinha absolvido sete dos oito homens.

"Um dos arguidos voltou ao crime dois meses depois de sair da prisão e outro não passa sem cometer uma burla", frisou ainda o magistrado.

Os arguidos foram condenados pelos crimes de furto qualificado, burla qualificada, violação de correspondência e falsificação de documentos.

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