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GNR ultrapassam Forças Armadas em número de efetivos

Associações e chefes militares têm alertado publicamente a ministra da Defesa para a grave crise de efetivos existente.

15 de novembro de 2023 às 19:39

As Forças Armadas perderam em média, nos primeiros nove meses do ano, mais de quatro militares por dia, de acordo com dados oficiais divulgados esta quarta-feira pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).

A 30 de setembro, as Forças Armadas tinham 23 163 elementos ao serviço, menos 1133 do que no início do ano e menos 11 351 (-32,89%) do que o efetivo existente em 2011. Marinha, Exército e Força Aérea foram, em conjunto e pela primeira vez, ultrapassadas pela GNR, que tinha a 31 de setembro 23287 elementos.

De acordo com os dados da Direção-geral da Administração e Emprego Público, divulgados pela AOFA, só no terceiro trimestre saíram 395 militares, dando razão às queixas das associações e dos chefes militares, que têm alertado publicamente a ministra da Defesa para a grave crise de efetivos existente.

No mesmo documento, a AOFA mostra que, desde 2011 perderam pessoal: a Polícia Judiciária perdeu 22 elementos (tinha 2296 no final de setembro, e os números no futuro passarão a estar inflacionados com a absorção de centenas de inspetores do SEF, com a extinção deste serviço); a PSP perdeu 1494 (tinha 20440); e a Guarda Prisional perdeu 208 (4104). Por outro lado, ganhou pessoal a GNR (mais 388, tinha 23287), ultrapassando o efetivo total das Forças Armadas.

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