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GNR diz nunca ter "roubado nada"

Militar acusado de 45 crimes, entre eles furto e corrupção.

20 de abril de 2016 às 02:04

O principal arguido do processo que envolve quatro militares da GNR de Samora Correia disse ontem estar inocente de 44 dos 45 crimes que lhe são imputados pelo Ministério Público, que o acusa de furto qualificado, corrupção e abuso de poder, entre outros. O megajulgamento, que envolve ainda 19 arguidos civis, começou ontem no Tribunal de Santarém, onde o guarda Nuno Nunes foi o único a ser ouvido.

O militar negou estar envolvido nos esquemas de furto e venda de metais e sucata, e de fraudes a seguradoras através da simulação de acidentes de viação. "Nunca roubei nada, nem tive qualquer participação nas coisas que dizem que eu fiz", afirmou Nuno Nunes, que admitiu apenas ser culpado de violação do dever de sigilo, por ter "fornecido elementos" de um carro a um particular "que o pretendia comprar", garantiu.

O guarda, que está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Tomar, disse nunca ter sido segurança privado na empresa onde ocorreram os furtos, mas admitiu que fazia "trabalhos de manutenção" durante a noite. Sobre o desaparecimento dos metais e a sua venda a sucateiros, disse desconhecer os factos, mas confessou ter cedido as suas tarefas a um cunhado, também arguido, sem o conhecimento dos donos da empresa. Disse ainda estranhar nunca ter sido confrontado com a ocorrência de furtos, antes da detenção, em outubro de 2014, na sequência da ‘operação Hydra’, da Unidade Fiscal da GNR. Nuno Nunes vai continuar a ser ouvido a 26 de abril.

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