Nos dias 24 e 25 de Dezembro, só esteve um anestesista na Maternidade Alfredo da Costa.
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"Um mito de Natal". Assim caracterizou a Ordem dos Médicos a informação veiculada pela ministra da Saúde, Marta Temido, sobre os 500 euros por hora que teriam sido oferecidos a médicos anestesiologistas para que viessem trabalhar na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), durante os dias 24 e 25 de Dezembro.
Para a Ordem, os dados indicados pela ministra são "notícias falsas". Mas em comunicado enviado às redações esta manhã, o Ministério da Saúde insistiu: uma das empresas prestadoras de serviços médicos contactadas pelo Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) respondeu que "os vários especialistas contactados não estavam disponíveis para trabalhar pelos valores propostos (…) e incluía ainda a disponibilidade de um anestesista mediante o pagamento de 500 euros por hora".
"O Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) procurou realizar a contratação externa de um anestesista junto de empresas prestadoras de serviços, de forma a garantir o suprimento da necessidade de um especialista na escala da MAC nestes dias [24 e 25 de Dezembro]", sublinha o comunicado, sustentando o valor pedido por uma das empresas prestadoras de serviços. Porém, não é especificado o nome da empresa.
O ministério liderado por Marta Temido reforça assim que "existiu uma proposta no valor referido por parte dos prestadores de serviços": 500 euros por hora.
Ordem dos Médicos exige ver documentos com proposta de 500 euros por hora
"A Ordem dos Médicos vem publicamente negar a existência de propostas de contratação de anestesiologistas a 500 euros à hora no Serviço Nacional de Saúde", lê-se no comunicado partilhado esta manhã na página da Ordem dos Médicos, antes da reação do Ministério da Saúde.
"A verdade é bem diferente: o Centro Hospitalar de Lisboa Central terá aberto um concurso para contratação de prestadores de serviços, por um valor de 39 euros à hora, valor esse que seria pago à empresa, não aos médicos especialistas (cujo valor/hora é sempre inferior ao que é pago à empresa)", indica o documento.
Por isso, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, "exige que a situação seja totalmente esclarecida" pedindo que sejam revelados os documentos em que eram pedidos os 500 euros por hora. Coloca a hipótese de recorrer aos tribunais "dado o caráter ofensivo e indigno para os médicos" desta informação.
"A falta de anestesiologistas – e outros especialistas – é uma constante no SNS; infelizmente não é um exclusivo do Natal. A política de contratação que tem sido implementada não é eficaz e não tem permitido reforçar o setor público com os médicos especialistas necessários", frisa Miguel Guimarães.
Às televisões, Marta Temido referiu-se à falta de um anestesista na MAC da seguinte forma: "Sempre resolveríamos se houvessem anestesistas a contratação pelo valor que nos é pedido, e no caso o valor que nos é pedido é 500 euros à hora, sempre o faríamos. Sucede que todavia não foi possível recrutar um segundo elemento. E isso demonstra a necessidade que nós temos em determinadas áreas de mantermos no SNS os profissionais que cá formamos."
Nos dias 24 e 25, só esteve um anestesista nas urgências da MAC. Os casos não-urgentes foram reencaminhados para outros hospitais.
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