A edição de hoje
Assunção Cristas disse que são precisos mais dados científicos.
A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, teve esta quarta-feira reuniões com algumas organizações do setor para debater as possibilidades de pesca para 2016 e anos subsequentes, numa altura em que o setor manifesta alguma inquietude devido a um parecer do Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (ICES) que recomenda que os totais admissíveis de capturas (TAC) da sardinha em águas ibéricas se limitem às 1.587 toneladas em 2016, cerca de um décimo do valor autorizado para este ano.
Depois destas reuniões, a governante falou aos jornalistas para reiterar que "aquele parecer do ICES não deverá ser seguido por Portugal simplesmente porque parte de um pressuposto errado de metodologia". No entanto, quando questionada sobre se pode garantir aos pescadores portugueses que as quotas para a captura de sardinha de 2016 vão ser pelo menos iguais às deste ano, Assunção Cristas não respondeu, remetendo essa decisão para quando houver mais dados científicos.
"Posso garantir que trabalharemos todos em conjunto para ter a melhor informação científica disponível e para encontrarmos um plano de gestão que nos permita ter as melhores possibilidades de pesca de sardinha, preservando o 'stock' deste recurso", disse a ministra.
Quanto às compensações atribuídas aos pescadores que pararem a sua atividade, que oscilam entre os 20 e os 27 euros por dia, Assunção Cristas afirmou que, "uma vez chegados ao limite [de captura de peixe], os pescadores podem optar por ter apoios por essa paragem", destacando que, das 10 organizações de produtores, duas já chegaram ao seu limite.
Para os sindicatos, esta reunião com a ministra da tutela "não foi conclusiva" e inclui "uma série de promessas".
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