Pescadores de sardinha vão ficar em terra até 2016.
Com a interdição da pesca da sardinha a estender-se agora a todo o Algarve, devido a ter sido ontem atingido o limite da quota anual, os profissionais vão ficar em terra até 2016. A situação preocupa os pescadores, pelo baixo valor do subsídio governamental e pelos atrasos a receber. E temem um a nova quebra na quota da sardinha para o próximo ano. O anúncio, pela Direção-Geral de Recursos Naturais, da entrada em vigor, ontem, da interdição da apanha da sardinha já era esperado pela organização de produtores Olhãopesca, mas nem por isso foi bem aceite pelas dezenas de pescadores dos barcos do Sotavento – a única zona onde ainda era possível pescar na região.
"Vamos ficar amputados do nosso rendimento quando ainda há muito peixe no mar. Vinte euros por dia de subsídio para um chefe de família, com contas para pagar, é insustentável", queixa-se Álvaro Bota, um pescador que, na madrugada de ontem, foi pela última vez ao mar este ano.
Paulo Carmo, chefe de embarcação, aponta o dedo ao atraso na atribuição dos subsídios, que demoram meses a chegar, e não concorda com a possível descida das quotas: "Espero que não venha a acontecer, senão vai ser muito complicado para o setor."
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