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Homem condenado a 16 meses de prisão por esventrar cadela grávida e deitar crias ao lixo

Ex-enfermeiro fez o trabalho de parto "a sangue frio", colocou os fetos no lixo e deixou a cadela, Pantufa, ao abandono.

31 de outubro de 2018 às 15:27

Um antigo enfermeiro na Guerra do Ultramar foi condenado a 16 meses de prisão efetiva por ter esventrado a sua cadela grávida. A sentença do Tribunal de Setúbal pelos quatro crimes de maus tratos agravados a animais é a primeira aplicada por crimes exclusivamente praticados contra animais de companhia desde que entrou em vigor, no ano de 2014, a lei que penaliza os maus tratos a animais de companhia.

De acordo com o tribunal, Hélder Pasadinhas fez uma intervenção cirúrgica, "a sangue frio" numa das suas cadelas, que estava em trabalho de parto, para retirar os fetos. A cadela e três dos nados vivos viriam a morrer devido à actuação do homem com mais de 60 anos.

Como relata o jornal Público, a incisão feita na cadela foi considerada "grosseira e irregular", com o homem a não retirar dois dos fetos e a suturar o corte apenas na parede abdominal e não no útero. As outras quatro crias foram colocadas num saco de plástico e metidos no lixo, onde acabaram por morrer de fome e frio. A cadela, Pantufa, foi deixada ao abandono após a operação, sem qualquer tipo de assistência médica, e morreu dois dias depois.

Um segundo indíviduo, que terá ajudado Hélder a segurar a cadela durante a operação, foi condenado a uma multa de 360 euros.

Em reação ao Público quanto à pena induzida, a provedora dos Animais de Lisboa, Marisa Quaresma dos Reis, referiu que se trata de "um dia histórico para o percurso dos direitos animais".

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