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HOMICIDA PRESO À PORTA DA CADEIA

Há 17 anos matou um familiar em Salvaterra de Magos. Porquê ainda ninguém conseguiu apurar. Certo é que, até esta semana, nunca mais ninguém soube onde parava o homicida de etnia cigana, agora com 40 anos. O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Coruche foi encontrá-lo, anteontem à tarde, no estabelecimento prisional do Montijo, quando ia visitar um filho ali detido.

01 de maio de 2004 às 00:00

Para o descobrir, disse fonte do NIC ao Correio da Manhã, de muito valeram familiares da vítima que não esqueceram o que se passou há 17 anos. O homicídio pelo qual foi julgado à revelia aconteceu quando tinha cerca de 23 anos. Na casa onde vivia, num bairro de barracas na Barragem de Magos em Salvaterra, desentendeu-se com um familiar.

A origem da disputa permanece envolta num certo mistério. Negócios, rixas familiares, algo levou a uma discussão mais grave que acabou num disparo fatal. O homicida pôs-se depois em fuga.

O bairro de barracas em Salvaterra foi entretanto destruído e as pessoas que lá moravam mudaram-se para outras zonas, nomeadamente Coruche e Chamusca. E foi nesta última que o homicida se instalou.

Anteontem à tarde era apenas mais uma visita ao seu filho, detido pela prática de diversos furtos. Visita interrompida pelo NIC de Coruche.

E desta vez o homicida não conseguiu escapar.

QUEIXA REABRE PROCESSO

Foi a participação de uma mulher ao Tribunal de Benavente que desencadeou a reabertura deste processo. A mulher queixou-se de ter sido ameaçada e nessa conversa, segundo disse fonte policial ao Correio da Manhã, "deu a entender que o acusado em causa tinha morto um familiar há 17 anos".

Quando se concluiu que a pessoa referida poderia ser o homem de etnia cigana julgado à revelia e com uma pena de 18 anos por cumprir, foi emitido um mandado de detenção. Depois de algumas negligências do Núcleo de Investigação Criminal de da GNR de Coruche, o homicida foi encontrado no Montijo. Já debilitado, o homem tinha um "bilhete de identidade genuíno, mas assente em pressupostos errados", como esclareceu a mesma fonte. Isto porque houve uma pista que o homicida não conseguiu evitar: o filho detido no estabelecimento prisional do Montijo.

O condenado encontra-se agora em prisão preventiva. Medida de coacção aplicada porque, tendo sido julgado à revelia, e de acordo com a lei, tem cinco dias para recorrer.

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