Maria Arminda Vicente tinha 84 anos e estava internada há cinco meses na unidade de queimados em Coimbra.
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Uma das vítimas dos incêndios de outubro morreu sábado de manhã, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde estava internada desde que foi atacada pelas chamas, na sua casa, em Chão de Vento, Mortágua. Maria Arminda Vicente tinha 84 anos, estava em coma induzido, no serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Queimados e não resistiu, morrendo após cinco meses de internamento. É a 49ª vítima mortal da tragédia de 15 de outubro, que assolou a região Centro do País.
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A casa onde a idosa vivia com o marido ficou parcialmente destruída e foi durante o combate às chamas que Maria Arminda Vicente sofreu queimaduras graves. Estava em coma induzido e a família julgava que estava a recuperar, tendo sido este sábado surpreendida com a sua morte. O corpo vai ser autopsiado e só depois os familiares poderão organizar o funeral.
Para ajudar os familiares a ultrapassar este momento de dor, o Município de Mortágua vai disponibilizar apoio psicossocial. "Temos acompanhado esta família desde a primeira hora e vamos continuar a dar todo o apoio que seja necessário e possível", disse este sábado ao CM José Júlio Norte, presidente da Câmara Municipal de Mortágua.
A idosa é a 49ª vítima mortal dos incêndios de outubro e a primeira do concelho de Mortágua, que até agora lamentava apenas os danos materiais sofridos. Os incêndios de 14, 15 e 16 de outubro do ano passado destruíram meio milhão de hectares de floresta, atingindo 1700 habitações permanentes, mais de 700 infraestruturas empresariais, equipamentos municipais e culturas agrícolas. Entre os feridos registados, um homem ainda se mantém internado nos hospitais de Coimbra.
1600 militares em ação nas matas
"É uma ação que queremos reforçar", disse este sábado ao CM o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, que acompanhou no terreno alguns dos 1600 militares em ações de limpeza de matos e abertura de caminhos nas florestas.
"É um combate nacional"
O Presidente da República também acompanhou este sábado os trabalhos que os militares das Forças Armadas estão a fazer na limpeza das florestas. Acompanhado pelos ministros da Defesa e do Ambiente, Marcelo Rebelo de Sousa esteve mais de uma hora na serra do Crasto, em Viseu, onde estão a ser abertos aceiros e a ser feita uma limpeza que já devia ter acontecido há muito tempo. Seja como for, Marcelo considera que a defesa da floresta é "um combate nacional". "Quem não está a perceber o que está a ser feito na floresta não pode ser Governo", referiu Marcelo Rebelo de Sousa reagindo às críticas que acusam o Governo de "propaganda" ao ontem colocar na limpeza das matas duas dezenas de membros do executivo. O chefe de Estado elogiou o trabalho realizado pelas Forças Armadas na limpeza das floresta e na prevenção dos incêndios - "estão a fazer um trabalho excecional, Forças Armadas são Forças Armadas", disse, mas defendeu-se quando foi questionado se foi necessário terem morrido mais de 100 pessoas para se olhar para a floresta a sério. "Não vou falar do passado, fi-lo em outubro. Agora é tempo de preparar o futuro e ganharmos esta batalha", referiu.
António Costa pede esforço de todos
"Que cada um faça o maior esforço possível até 31 de maio", disse o primeiro-ministro, que participou na limpeza de terrenos em Loulé, Portalegre e Torres Vedras. Costa movimentou-se de ‘heli’. Questionado pelo CM, o gabinete não explicou custos e circunstâncias.
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