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Idosa morre esmagada

Uma idosa de 73 anos morreu esmagada em Vila Cova-a-Coelheira, em Vila Nova de Paiva, após ser colhida por uma carrinha de caixa aberta que começou a circular sozinha por, ao que tudo indica, estar mal travada.

16 de janeiro de 2007 às 00:00

O acidente verificou-se no domingo, às 13h30. A vítima, Laura Machado dos Santos, estava a conversar à porta da garagem de sua casa com duas cunhadas quando a carrinha, de marca Opel, começou a circular em marcha-atrás.

A idosa ainda tentou parar o veículo, mas não teve força e foi arrastada cinco metros. As duas cunhadas, Maria e Ermelinda Fonseca, de 77 e 74 anos, conseguiram fugir e escaparam ilesas.

A carrinha circulou desgovernada por uma rampa de dezena e meia de metros e só ficou imobilizada junto às escadas de uma habitação. A GNR de Vila Nova de Paiva tomou conta da ocorrência e investiga as circunstâncias em que ocorreu o incidente.

O marido da vítima mortal explicou ontem que, após o almoço, foi abrir a porta da garagem e nem sequer viu “se a carrinha estava ou não parada”. “Eu não sei o que se passou, mas tenho o hábito de deixar os carros bem parados. Porventura, a carrinha estava apenas parada com o travão de mão e não com a caixa de velocidades”, refere Alberto Pinto Oliveira, de 69 anos, que ainda tentou socorrer a mulher, mas não conseguiu. “A carrinha ganhou depois muita velocidade e esmagou-a. Não lhe pude valer!”

A idosa ainda foi assistida no local pelos bombeiros e depois, durante a viagem, por uma equipa médica do INEM, mas não resistiu aos graves ferimentos e acabou por falecer a caminho do Hospital de S. Teotónio, em Viseu.

As duas familiares que estavam com a vítima ainda não recuperaram da tragédia em que estiveram envolvidas. “Eu quando vi a carrinha a andar sozinha comecei a gritar por socorro e desviei-me. A minha cunhada teve o impulso de a fazer parar, mas não teve força”, conta Ermelinda Fonseca, que é vizinha da familiar. Já Maria Fonseca lembra que na altura estavam as três a conversar sobre as virtudes do marido da vítima. “Estávamos as três a rir sobre as qualidades do meu irmão, o seu marido, quando de repente a carrinha começou a andar sozinha. Foi uma tragédia”, desabafa.

Os habitantes de Vila Cova-a-Coelheira, que ouviram os gritos de socorro das vizinhas, deslocaram-se de imediato para o local, mas quando chegaram encontraram a idosa inanimada no chão e a carrinha parada junto às escadas de uma casa.

“Foi um acidente triste sem explicação, que tirou a vida a uma mulher muito trabalhadora. O marido ainda a tentou salvar, mas já não foi a tempo, pois aconteceu tudo muito rápido. Ninguém pôde fazer nada”, contou uma vizinha.

CONHECEU O MARIDO NO BRASIL

O casal atingido pela tragédia conheceu-se e casou-se no Rio de Janeiro (Brasil), onde esteve emigrado mais de 30 anos. Agora “gozava” a reforma a cuidar dos terrenos agrícolas. “Regressámos a Portugal há 25 anos, não temos filhos e sempre vivemos um para outro. Perdi a minha companhia e não sei o que vai ser de mim”, desabafa Alberto Pinto de Oliveira que tem problemas de saúde. O corpo da idosa foi ontem autopsiado no Hospital S. Teotónio de Viseu.

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