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Idoso deprimido assassina mulher

António Louro, 78 anos, esperou que a filha saísse de casa e atingiu Maria Luísa, de 77, com um tiro de caçadeira nas costas. A seguir suicidou-se.

09 de março de 2015 às 00:10

O estado depressivo de António Júlio Louro, de 78 anos, residente em Coimbra, tinha vindo a agravar-se nos últimos tempos. Apesar de estar medicado, os sinais de desequilíbrio eram cada vez mais evidentes. Ontem, sem discussões prévias, assassinou a sua mulher, Maria Luísa Louro, de 77 anos, com um tiro de caçadeira nas costas e suicidou-se com a mesma arma.

Esta foi já a sétima mulher a ser assassinada desde o início do ano num contexto de violência doméstica. Maria Luísa Louro foi atingida pelas costas logo de manhã, ainda no quarto, na antiga pensão Parque, de que o casal era proprietário, na Baixa de Coimbra, e onde continuava a morar.

A filha, que reside em Lisboa mas visitava com frequência os pais ao fim de semana, tinha saído e quando voltou encontrou-os mortos. Eram 09h15, ontem, quando o alerta chegou à PSP de Coimbra. Maria Luísa estava caída no quarto. António tinha feito um disparo sobre a própria cabeça e encontrava-se noutra divisão.

O agravamento do estado depressivo do idoso, associado a outras doenças de que sofria, poderão ter contribuído para este desfecho trágico. A Polícia Judiciária acredita que a instabilidade emocional que afetava o homem esteve na origem do homicídio seguido de suicídio.

Quem conhecia o casal estranha o caso por não haver registos anteriores de violência. "Fiquei surpreendido. Eram pessoas que se entendiam e saíam juntas de carro", diz Manuel Almas, gerente de uma pastelaria e inquilino do casal. 

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