As chamas atingiram algumas construções da Idade do Bronze.
Algumas construções da Idade do Bronze foram afetadas pelo incêndio que esta semana galgou as muralhas da Citânia de Briteiros, no concelho de Guimarães. O fogo destruiu vários hectares de mato e floresta e passou as muralhas do velho povoado castrejo, o maior do género existente em Portugal.
Para Miguel Frazão, diretor da Sociedade Martins Sarmento, entidade gestora do monumento, a grande preocupação prende-se com o facto de os incêndios de verão poderem dar origem a derrocadas no inverno.
"Esse é o nosso receio. Além de queimar os sobreiros, que são a espécie autóctone original deste lugar, o fogo destrói a vegetação que segura as pedras, o que pode originar derrocadas com a chegada das primeiras chuvas", afirmou Miguel Frazão.
O Castro de Briteiros é o maior do noroeste peninsular e, nas escavações realizadas em meados do século XIX, revelou um povoado, entre Braga e a Póvoa de Lanhoso, onde, na Idade do Bronze, residiriam cerca de cinco mil pessoas, o que era extraordinário para a época.
Por causa do incêndio que afetou o monumento, que tem mais de 24 hectares, a Sociedade Martins Sarmento realizou uma operação de limpeza, no sentido de minimizar os efeitos nocivos das chamas.
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