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Habitantes retirados de aldeias em Gavião devido a fogo já regressam a casa

150 pessoas foram retiradas na sexta-feira de várias aldeias do concelho.

19 de agosto de 2017 às 08:45

Os habitantes de três aldeias no concelho de Gavião (Portalegre), que foram retirados de suas casas devido à ameaça do incêndio, regressaram nas últimas horas às suas habitações, disse à agência Lusa fonte do município.

"Todas as pessoas que mostraram vontade de regressar a casa, ainda durante esta noite, regressaram. Algumas preferiram dormir em casa de familiares e agora já voltaram a casa", disse o presidente do município, José Pio.

O autarca sublinhou que esta manhã "não há populações em risco", embora o perigo continue a existir, por causa de uma frente de fogo que poderá dirigir-se para a zona da aldeia de Cadafaz.

"Neste momento [durante a manhã], como o risco imediato não há populações em risco. O perigo continua a existir (por causa dos ventos fortes), uma vez que há uma frente de fogo muito perto da aldeia de Cadafaz, mas não é um perigo iminente", disse.

Durante a tarde de quinta-feira tinham sido retiradas pessoas das aldeias de Cadafaz, Torre Cimeira e Torre Fundeira e encaminhadas para vários espaços, entre os quais as instalações do lar de idosos de Belver e para a Santa Casa da Misericórdia de Gavião.

"O lar de idosos de Belver esteve [sexta-feira] na iminência de ser evacuado, mas conseguimos dominar a frente de fogo que se dirigia para a zona do lar e não houve necessidade de evacuação.

Quanto à Praia Fluvial do Alamal já pode ser frequentada", acrescentou.

José Pio relatou que a situação "ainda está complicada" no terreno, uma vez que o incêndio apresenta "várias frentes ativas", tendo, por isso, acionado o Plano de Emergência Municipal na sexta-feira.

"Durante a noite, como é costume, houve alguma retração do incêndio, as coisas melhoraram ligeiramente, mas ainda temos algumas frentes que nos dão muita preocupação", relatou.

O autarca estima que este incêndio, que resultou das chamas provenientes de um outro fogo oriundo de Mação, no distrito de Santarém, com o incêndio que decorreu em julho em Gavião já consumiu cerca de "12 a 13 mil hectares" de floresta no concelho.

"Não posso fazer ainda uma estimativa exata, porque não há qualquer informação que se possa dizer que é correta. Mas eu direi que andaremos muito perto dos 12 a 13 mil hectares consumidos pelas chamas, o que equivale a cerca de 50 por cento da área do concelho", disse.

José Pio acrescentou ainda que relativamente à freguesia de Belver arderam "cerca de 90 por cento" do seu território, tendo "ficado apenas" as povoações.

Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o combate às chamas mobilizava, às 11h15, um total de 503 operacionais, apoiados por 154 viaturas e sete meios aéreos.

Incêndios de Gavião e Mação eram os mais preocupadantes na noite de sexta-feira

Três incêndios rurais estavam a ser combatidos cerca das 08h00 de hoje, por mais de dois mil homens, a maioria concentrada nos concelho de Mação (Santarém) e de Gavião (Portalegre), segundo a Proteção Civil.

De acordo com a informação da página de internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil, estava ativo e com duas frentes o incêndio de Gavião, que teve inicio cerca das 17h00 de quinta-feira, estando a ser combatido por 542 operacionais e 163 meios terrestres.

Em Mação, mantinha-se esta manhã ativo o incêndio com uma frente, sendo o combate das chamas feito por dois meios aéreos, 772 homens e 233 veículos.

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