Novo chefe da Armada, de 61 anos, fez nome como especialista em guerra antissubmarina, liderou os Fuzileiros e era agora 2.º comandante operacional das Forças Armadas.
Em julho de 2017, os Fuzileiros - comandados por Jorge Nobre de Sousa, agora novo chefe da Armada - mostraram-se ao ministro da Defesa, Azeredo Lopes, para conseguirem as missões internacionais que mereciam e há anos lhes escapavam. No submarino ‘Arpão’, ao largo de Sesimbra, a comitiva ia encantada com o periscópio de onde viam o Destacamento de Ações Especiais e a submersão. Já Nobre de Sousa, um dos grandes operacionais das fragatas a chegar a almirante, recuou à sua especialidade de Armas Submarinas (diz-se que na Marinha ninguém sabe mais do que ele nessa área) e sentou-se ao lado dos praças e sargentos dos sensores. “É assim que fazem? Usam isto? E aquilo? Sabes... eu fui muitos anos vosso ‘inimigo’”, disse-lhes. Remetia aos anos em que, nas fragatas, combatia os submarinos em exercícios: por vezes vencendo, outras não. E nasceram desses tempos os adjetivos com que o descrevem militares que o comandaram ou ele comandou: “Muito sério, um líder, sem medos, honesto na ação, muito frontal, espírito combativo - não em termos de política, mas de operações no mar”. Nascido em 1963 (61 anos) em Lisboa, é conhecido por ser um trabalhador incansável e muito rigoroso. Dorme pouco, como nas noites em que, como comandante dos Fuzileiros, passou de especialista antissubmarinos a estudioso de espingardas, ‘queimando pestanas’ à procura da melhor modernização para a G3 com o pouco dinheiro que lhe deram. “É inteligente e culto, lê bastante, escuta muito e gosta de aprender com os mais juniores”, descrevem sobre a sua capacidade de assimilar conhecimento para ultrapassar desafios. Elogio ao nível do que lhe é feito quanto às capacidades de empatia: “Muitas vezes parece cáustico para fora, mas tem um grande coração e preocupação pelos que servem sob as suas ordens, defende os seus de forma intransigente quando se justifica”. Jorge Nobre de Sousa - que num currículo que não cabe nesta página foi ainda comandante naval e era agora 2.º comandante operacional das Forças Armadas -, casado e com um filho, tomou na sexta-feira posse como chefe da Armada para um mandato de três anos.
Não enterrou o tradicional
Nobre de Sousa é menos entusiasta dos drones que o antecessor, Gouveia e Melo. Não os renega, mas não exclui os meios e capacidades tradicionais de combate. Terá, no seu mandato, “e com as reconhecidas capacidades de planeador estratégico e operacional”, de “desenvolver, testar e pôr em prática a doutrina necessária para a preparação e emprego” dos 17 novos navios que Gouveia e Melo conseguiu contratualizar. Já no seu curso de promoção a oficial-general, em 2016, Nobre de Sousa debruçou-se sobre ‘A transformação da Marinha’. Muitas das conclusões (falta de pessoal, navios envelhecidos e pouco orçamento) continuam atuais.
EMGFA com mais visibilidade
Nobre de Sousa, tal como antes de si Gouveia e Melo, chegaram a chefes da Armada quando ocupavam cargos de destaque no Estado-Maior-General das Forças Armadas. Isso está a ser interpretado como uma “acrescida visibilidade” junto dos decisores políticos (Presidente e Governos) dos lugares no EMGFA devido à reforma da estrutura superior das Forças Armadas.
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